Um homem armado com uma faca e um galão supostamente com combustível fez sete pessoas reféns em um bar na Lapa, no Centro do Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (29).
Segundo o porta-voz da Secretaria de Polícia Militar, coronel Mauro Fliess, o homem "possivelmente" também estaria com uma arma de fogo.
Por volta das 21h, duas vítimas ainda estavam sob domínio do sequestrador.
O estabelecimento onde ocorreu o sequestro, conhecido como Bar da Preta, fica na Rua do Rezende, numa região movimentada do Centro.
Segundo informações da TV Globo, o homem é conhecido na região como Danilo da Caipirinha e mora em cima do bar. Ele também seria vendedor de bebidas na região do Centro.
Início do sequestro
A ocorrência teve início por volta das 15h, quando homens do Corpo de Bombeiros foram acionados para socorrer vítimas de agressão por "arma branca". No local, porém, foi constatado que se tratava de um sequestro com reféns em um bar, que já estava parcialmente fechado.
A Polícia Militar foi acionada e agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram para o local tentar negociar com o criminoso a libertação dos reféns.
A princípio, eram sete vítimas, mas uma foi liberada logo no início da ação. Entre os reféns estavam funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Às 16h50, a PM informou que mais um refém foi liberado e, às 18h, outra pessoa foi solta. Por volta das 18h45, um senhor foi libertado.
Às 20h19, uma mulher deixou o bar, restando assim duas vítimas. Todos os reféns foram liberados sem ferimentos, segundo a PM.
A dona do bar, Lúcia Aparecida Ferreira Baptista, de 64 anos – conhecida como Preta – foi libertada às 18h. Antes da mulher ser solta, a filha dela, Elaine Pereira, acompanhava o sequestro e estava apreensiva porque a mãe, segundo ela, sofre de hipertensão.
Barulho teria motivado sequestro
Uma das possíveis motivações para o crime teria sido o barulho no bar. Segundo João Gomes da Silva, genro da dona do bar, o sequestrador teria se envolvido numa discussão por conta do som alto.
"Ele estava incomodado com o barulho do bar. Ele morava na parte de cima do bar. Ele estava nessa discussão, mas não conheço ele. Dizem que ele era tranquilo e trabalhador, mas ele está causando essa confusão toda. Lá tem refém, mas o problema dele é com ela", afirmou.
A Polícia Militar também recebeu informações preliminares de que a razão para o sequestro seria um desentendimento entre o criminoso com a dona do estabelecimento.
"Ele demonstra, a todo instante, possibilidade de se entregar. Isso nos dá uma perspectiva de um êxito no final dessa operação. Não faz nenhuma exigência específica. Está apenas mantendo sob ameaça", esclareceu o porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess.
EBC divulga nota
Em nota, a EBC informou que "presta assistência" aos empregados mantidos reféns. Segundo a companhia, três das vítimas são empregados da EBC, e no momento em que foi divulgado o texto, um dos colaboradores já havia sido libertado.
"A Direção da EBC e os gestores da Regional Rio de Janeiro estão monitorando a situação de perto e prestando todo o apoio necessário, inclusive jurídico, aos empregados e seus familiares", informa o texto.
G1