Hoje, logo cedo, a Polícia Federal prendeu o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na mesma operação também foram presos o PM Max Guilherme Machado de Moura, Sérgio Rocha Cordeiro e o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessores e atuais seguranças de Bolsonaro.

De acordo com informações da imprensa nacional, os agentes da PF também estão na casa de Bolsonaro, em Brasília, para cumprimento de mandados de busca e apreensão. Ele deve ser levado para prestar depoimento. As inserções de dados falsos sobre as vacinas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, segundo a PF.

O período contempla a gestão de Marcelo Queiroga à frente do Ministério da Saúde. Os dados dos certificados de vacinação foram adulterados para eles poderem entrar nos Estados Unidos, no fim do ano passado. Bolsonaro viajou ao país em dezembro passado, um dia antes da posse de Lula

Ação da PF ocorre dentro de inquérito das milícias digitais Segundo a PF, a apuração indica que o objetivo das falsificações seria "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas", além de "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19". Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores, disse a corporação. A ação da PF recebeu o nome de Operação Venire, que veio da expressão "Venire contra factum proprium" (Vir contra seus próprios atos). A PF afirmou que esse um princípio base do Direito C.

Com informações do UOL

Foto: Adriano Machado/Reuters