Apresentação do Grupo Mamulengo de Cheiroso fez parte das comemorações pelos 141 anos do patrono da instituição

Um dia para celebrar a história e a arte. Foi assim a comemoração pelos 141 anos de Epiphanio Dória, patrono da Biblioteca Pública Estadual, que funciona no bairro 13 de Julho, em Aracaju. O Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) participou das comemorações, com o Instituto Social Ágatha, levando a campanha de conscientização contra o trabalho escravo para estudantes, professores e equipe da biblioteca.

O Grupo de Teatro de Bonecos sergipano Mamulengo de Cheiroso apresentou, nesta segunda (7), a peça “Quem vê cara, não vê coração. Trabalho sim, escravidão não”, com texto e direção de Gustavo Floriano.

O procurador do Trabalho e coordenador Regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete), Adroaldo Bispo, afirma que a peça não é uma mera representação teatral, mas a reprodução do que ainda acontece nos dias de hoje. “Por meio da arte, estamos conseguindo passar para a população essa triste realidade que é o trabalho escravo. Os adolescentes e jovens que acompanharam a apresentação têm um papel fundamental no combate ao trabalho escravo, porque podem alertar e evitar que outras pessoas sejam atraídas pelas falsas promessas de emprego”, ressaltou o procurador.

A diretora da Biblioteca Epiphanio Dória, Juciene Maria de Jesus, agradeceu o apoio do MPT-SE e do Instituto Ágatha durante o evento. “Trazer um tema como esse é muito importante, porque é uma forma de conscientizar o nosso público sobre esse crime que é o trabalho escravo”, disse a diretora.

Sobre a campanha

A campanha contra o trabalho escravo de 2025 começou em janeiro. Já foram realizadas apresentações na sede do MPT-SE e em espaços públicos, a exemplo da feira do conjunto Augusto Franco, Orla da Atalaia e no centro comercial da capital, na Universidade Federal de Sergipe (UFS), em São Cristóvão e na feira do conjunto Marcos Freire I, em Nossa Senhora do Socorro. Este ano, a campanha também foi levada ao Presídio Feminino, em Socorro, e às pessoas em situação de rua e migrantes, em apresentação realizada na Praça Olímpio Campos, no centro de Aracaju.