Visando melhorar o atendimento aos pacientes da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), foi encerrado com sucesso, nesta quinta-feira, 10, o I Seminário de Fisioterapia da MNSL. O evento abordou, em seu último dia, a amamentação sob a visão do fisioterapeuta, a utilização do teste de respiração espontânea (TRE) para avaliar extubação na UTIN, além da incidência da broncodisplasia pulmonar da maternidade e cuidados, manuseio e posicionamento do RN de risco e suas novas tendências.

“A Amamentação sob a Visão do Fisioterapeuta” foi um dos principais temas de destaque do Seminário contando com as falas das fisioterapeutas Mariana Santana e Mirelle Santos Brito Ribeiro. “Falamos sobre a amamentação sob o olhar do fisioterapeuta e, ainda, sobre a amamentação, bem como sobre como posicionar uma mãe para amamentar e como posicionar o bebê para ser amamentado”, disse Mariana.

“O fisioterapeuta enquanto parte integrante da equipe multidisciplinar,  consegue apoiar, defender a amamentação e sendo fisioterapeuta  da maternidade de alto risco, ele consegue trabalhar toda metodologia Canguru, que é importantíssima para esse estabelecimento da amamentação que traz vários benefícios e também tem na sua formação um olhar diferenciado na parte biomecânica, ou seja, consegue olhar a postura do bebê e da mãe de uma forma diferenciada. Através desse olhar diferenciado ele pode orientar a equipe, mãe, familiar para trazer um melhor posicionamento para que essa mãe consiga amamentar da melhor forma”, explicou a fisioterapeuta da UCINCA, Mariana Santana.

Mirele Ribeiro disse que o bebê prematuro do Método Canguru exige que os fisioterapeutas estejam interados sobre a posição adequada da mãe com esse bebê. “Nós demonstramos na prática algumas técnicas de posicionamento e falamos sobre a importância da amamentação e do bom posicionamento da mãe e do bebê  para o sucesso da amamentação", comentou Mirelle.

O tema “Utilização do Teste de Respiração Espontânea (TRE) para Avaliar Extubação na UTIN” foi ministrado pelos fisioterapeutas Dayana Lobo e Radfan Naumann. Na sequência, o tema abordado foi “Incidência de Broncodisplasia Pulmonar na MNSL”, com os palestrantes Graciele Bonfim e Sabrina Mesley e a tarde foi encerrada com a Referência Técnica de Fisioterapia da MNSL, Ana Carla Motta Prado Bispo que abordou “Cuidados, Manuseio e Posicionamento do RN de Risco: Novas Tendências”.

Interação

“ Muitos conhecem o papel do profissional fisioterapeuta na reabilitação de movimentos motores em crianças e adultos, mas são poucos os que sabem de sua importância para os prematuros internados na Unidade neonatal. A perfeita interação entre recém-nascido, equipe multidisciplinar especializada, ambiente para o tratamento, equipamentos, rotinas e protocolos é a grande responsável por essa evolução.  A MNSL, possui 26 fisioterapeutas mais três no ambulatório Follow up, especializados em prematuros que se revezam para atendê-los 24horas, isso reduz o tempo de internação hospitalar, a partir da evolução clínica do bebê’’, esclareceu a Coordenadora do complexo neonatal da MNSL, Thereza Azevedo.

 Ajuda 

 “O fisioterapeuta está presente na MNSL ajudando os bebês que nascem prematuros e com peculiaridades bem diferentes dos que nascem de nove meses. fisioterapia é essencial para ajudar a favorecer o término da maturação dos bebês e se utiliza de manobras, técnicas e procedimentos que viabilizam essa abordagem de forma segura e eficaz”, disse Ana Carla Ela explicou que devido à prematuridade, a imaturação do sistema neurológico, circulatório, digestivo e respiratório dos bebês precisa de ajuda da fisioterapia

“As condutas fisioterápicas são elaboradas mediante avaliação minuciosa, diagnóstico, quadro clínico e estabilidade do paciente. As possibilidades terapêuticas vão desde auxílio nas intercorrências, abordagem motora e respiratória, a orientação método canguru do auxílio na amamentação - principalmente nos posicionamentos dos bebês e das mães”, disse Ana Carla.

Ela ressaltou que a atuação do fisioterapeuta está diretamente relacionada à diminuição da mortalidade e de eventuais sequelas decorrentes da internação e da precocidade de alta hospitalar.

Ana enfatizou que a fisioterapia evoluiu nos últimos meses principalmente com a chegada de mais profissionais. “Temos conseguido prestar um atendimento de maior qualidade porque antes não era viável atender a todos, mas, conseguimos. Ainda precisamos melhorar o dimensionamento, porém estamos  bem avançados, e quando tivermos uma completa evolução estaremos oferecendo uma assistência ainda maior que a já alcançada, que se mostra satisfatória”, ressaltou”, a fisioterapeuta.

Ela explicou que é muito importante e atual focar na parte respiratória e neurológica. “Como eu falei no início, participamos recentemente do  Simpósio Internacional de Ventilação Mecânica, então tudo o que há de novo em ventilação mecânica e em suporte respiratório para o nosso paciente pudemos ouvir lá”, atentou a referência técnica da MNSL.

Reabilitando 

“Fisioterapia é igual a cuidado, igual à reabilitação. É algo que muitas vezes o remédio não vai curar. Tem coisas que só a fisioterapia pode fazer, então têm alguns tipos de reabilitação pulmonar que só o fisioterapeuta consegue devolver ao pulmão do bebê. É muito gratificante”, concluiu a Referência Técnica de Fisioterapia da MNSL, Ana Carla Motta Prado Bispo.

Ascom/SES