Causou repercussão e repulsa um texto publicado por um comunicador sergipano questionando a capacidade de uma mulher trabalhar simplesmente porque engravidou, como se uma gestação fosse um impedimento para exercer suas atividades laborais de maneira competente. 

A publicação: ‘Tem bebê a bordo numa secretária de pasta estratégica do governo de Fábio Mitidieri’ se refere à gravidez da secretária de Estado da Fazenda, Sarah Tarsila Araújo Andreozzi.

“Antes mesmo de qualquer questionamento, o desejo é de que a secretária tenha um excelente e saudável pré-natal, e que tenha um feliz parto. Entretanto, fico me perguntando como será possível estar à frente de uma pasta tão complexa com seu afastamento obrigatório pós parto, gerir a pasta que ocupa?”, diz o texto.

As reações foram diversas, começaram em um grupo de jornalistas, teve vereador, deputada estadual, secretários de estado, inclusive do Ceará, representantes no Congresso Nacional, e até mesmo os governadores de Sergipe, Fábio Mitidieiri, e de Alagoas, Paulo Dantas.

A própria secretária Sarah Tarsila Araújo Andreozzi, se manifestou nas redes sociais. “Não fui criticada por apresentar resultados ruins no meu trabalho, fui criticada tão somente pelo fato de estar grávida”, disse Sarah já é mãe de uma menina, Isabel, e agora será mãe de Hugo. 

O Sindicato dos Jornalistas do estado de Sergipe (Sindijor) também se manifestou: “O Sindicato dos Jornalistas de Sergipe se impõe como entidade sindical para fortalecer a luta em defesa da mulher, independentemente da sua respectiva área de atuação, a fim de colaborar para o fim do assédio moral, sexual, a misoginia ou qualquer outra postura protagonizada por um ser humano autodenominado como pensante. É fundamental que nós mulheres e homens, jornalistas, nos posicionemos contra ações que reforcem preconceitos. Machistas, não passarão!”.