Após uma fase dramática, com quase totalidade de ocupação de leitos, Sergipe registra a menor taxa de contágio pelo vírus no Brasil, de 0,69, de acordo o índice da Covid Analytics, calculado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC) em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), conforme dados do Governo do Estado.
Com a estabilização no número de casos, o governo iniciou o plano de retomada de atividades econômicas, aumentando, assim, a circulação de pessoas. No entanto, o cuidado deve permanecer.
Médico infectologista e professor da área da Saúde da Universidade Tiradentes, Matheus Todt Aragão orienta que flexibilização não significa isenção de risco.
“A situação melhorou, mas a pandemia continua. A população deve entender que a flexibilização não significa que não há mais risco de infecção. Praias e shoppings lotados e aglomerações sem seguirem os cuidados mínimos vão resultar inexoravelmente em aumento de casos, o que pode gerar uma nova onda de casos da covid-19 e a necessidade de termos que fechar lojas e espaços públicos novamente”.
Cuidados
Para Todt, a decisão de abertura de segmentos econômicos e o fechamento de leitos de UTI foram decisões precipitadas.
“No Brasil, todo o processo de flexibilização foi feito de forma precoce e sem obedecer às recomendações da OMS. Não por acaso, somos um dos países que pior enfrentou a pandemia”.
O médico alerta, ainda, para o risco de uma segunda onda da pandemia.
“Podemos sim ver uma segunda onda de casos. Mesmo após a disponibilização da vacina, demorará alguns meses até que um parcela significativa da população esteja imunizada. A única coisa que comprovadamente pode impedir novos picos de casos é a adoção das medidas de precaução como evitar aglomerações, uso de máscara, higiene das mãos”.
Fonte: Assessoria de Imprensa | Unit