Pesquisas mostram que mais da metade das pessoas que tiveram Covid19 não sofreram com sintomas graves
Com certeza você já ouviu o ditado popular: “é melhor prevenir do que remediar”. Parece que ele nunca fez tanto sentido quanto nos dias atuais, não é mesmo? Corroborando com essa expressão, a ciência vem provando que cuidar do corpo, por meio de alimentação saudável e exercícios físicos, e manter a saúde mental previne o surgimento de doenças e diminui a probabilidade de óbito em diversos casos.
Durante a pandemia da Covid19, foram feitas várias pesquisas científicas que apontaram para os principais efeitos da atividade física sobre as pessoas acometidas pela doença. Inclusive, muitos destes trabalhos são contribuições do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH), do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da Universidade Tiradentes (PSA/Unit).
De acordo com o doutor Estélio Dantas, coordenador do Laboratório, mais de 62% das pessoas que contraíram covid19 não tiveram complicações devido ao estilo de vida. “Temos trabalhos mostrando que o nível de atividade física preveniu completamente qualquer comorbidade atribuída a covid. A maioria das pessoas que tinham um bom nível de saúde geral e estilo de vida saudável não pegaram covid. Quem pegou não foi hospitalizado, quem foi hospitalizado não foi entubado e quem foi entubado não morreu”, avisa.
Vida saudável
O tripé do estilo de vida saudável é mantido pela prática de atividade física, conservação de uma boa alimentação e manutenção da saúde mental. Aplicando esses conceitos, a pessoa terá menos inflamações no corpo, dependerá de menos remédios e terá um envelhecimento proveitoso.
A prática do exercício físico deve ser iniciada ainda na infância e continuada durante toda a vida do indivíduo, considerando as preferências pessoais, as características de personalidade e vocação esportiva.
Detecção de Talentos
Uma outra pesquisa do LABIMH realiza o que se chama de detecção de talentos. O projeto do doutorando do PSA/Unit, Michael Douglas Celestino Bispo, visa orientar crianças entre oito a 12 anos, de acordo com método científico, sobre qual esporte é mais indicado para ela.
“Criamos um quadro de características epigenéticas, em que fazemos uma relação entre modalidades olímpicas e não olímpicas e traçamos um perfil para cada uma e o que ela exige. Então, coletamos dados de uma criança e percebemos que ela tem mais força e mais velocidade, por exemplo, comparamos com um esporte e o que ele exige. A partir daí, conseguimos fazer a orientação da criança para aquela modalidade. Envolvemos também alguns testes como a dermatografia, que é um teste epigenético em que através das impressões digitais observamos predisposição para força, velocidade, agilidade, resistência, entre outros aspectos”, explica o doutorando.
Fonte: Ascom Unit