A Prefeitura de Aracaju ainda não registrou nenhum caso de reação adversa grave provocada pelas vacinas contra a covid-19 utilizadas na campanha de imunização coordenada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Repassadas pelo Governo Federal, as vacinas começaram a ser aplicadas, na capital sergipana, no dia 19 de janeiro.
Atualmente, além da CoronaVac, desenvolvida pela SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, a primeira a achegar a Sergipe, o Município está utilizando a AstraZeneca/Oxford, vacina produzida pela parceria entre a universidade inglesa Oxford e a farmacêutica sueca AstraZeneca. A campanha de imunização contra a covid-19, em Aracaju, já vacinou, até esta quarta-feira (17), 16.337 pessoas, entre trabalhadores da área da saúde e idosos.
Coordenadora do Programa Municipal de Imunização da SMS, Ana Paula Machado explica que, na campanha de vacinação contra a covid-19, a forma de notificação de efeitos colaterais é diferente.
“Tudo é feito pelo sistema do Ministério da Saúde, E-SUS Notifica. É um site em que o profissional da saúde se cadastra e, nesta página, ele notifica todos os eventos adversos que ocorrerem. Por isso, a orientação para todos os que já tomaram a vacina, caso apresente alguma reação adversa, é que se dirija a uma unidade de saúde para que haja essa notificação”, afirma.
Como o E-SUS é um sistema amplo, ainda não é possível precisar quantas notificações específicas de Aracaju já foram feitas, já que os dados são estaduais. Entretanto, ressalta Ana Paula, é possível ter uma noção do quadro atual que, por sinal, é de tranquilidade.
“Temos, sim, um número significativo de notificações, no entanto, cerca de 80% relata apenas dor no local da vacina, sendo que, esse tipo de evento nem precisaria ser notificado porque uma dor local, de até 24 horas, é normal, como uma injeção comum que tomamos. O caso demandaria notificação se essa dor local durasse mais de 24 horas e fosse acompanhada de outros sintomas em que se necessária a intervenção medicamentosa para aliviar esses sintomas, como dor de cabeça, náuseas, por exemplo. Mas, em Aracaju, a grande maioria é dor local sem mais sintomas”, pontua a coordenadora ao destacar que situações como coriza e vômito também foram registradas, mas em número reduzido e podem ser consideradas como efeitos leves.
Eficácia
Para que um imunizante seja aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), ele deve ter, no mínimo, 50% de eficácia comprovada. E superando esse índice, a CoronaVac tem 50,38% de eficácia comprovada, o que significa que de cada 100 pessoas, 50 não desenvolverão qualquer sintoma ao ter contato com o vírus.
Casos em que a pessoa vacinada contraia o vírus, o imunizante reduz em 78% as chances de desenvolver sintomas moderados. Os estudos apontam, ainda, que 100% dos vacinados não desenvolvem os sintomas graves da doença. Isso levará a uma radical diminuição da mortalidade provocada pela covid-19.
A AstraZeneca, assim como a CoronaVac, foi aprovada pela Anvisa com base nos resultados divulgados na revista científica The Lancet. O artigo usou dados compilados através de testes em três países: Brasil, Reino Unido e África do Sul.
A publicação indica eficácia de 70% em adultos com menos de 55 anos, além da capacidade de prevenção de 100% das hospitalizações e formas graves da doença, segundo o critério clínico preconizado pela Organização Mundial da Saúde.
Os estudos clínicos apontaram que a vacina AstraZeneca/Oxford é segura para todas as faixas etárias, incluindo os idosos. A opção por utilizar este imunizante não diz respeito às diferenças qualitativas entre ele e os demais.
Fonte: PMA