Existem pelo menos quatro motivos pelos quais especialistas não recomendam reuniões no Dia das Mães, comemorado neste domingo (9): mesmo vacinadas, as pessoas ainda podem transmitir o vírus; não há cobertura vacinal suficiente para garantir uma imunidade coletiva no país; a transmissão do vírus está em descontrole; e a covid-19 tem se mostrado mais agressiva em jovens.

Imagens de mães, pais e avós sendo vacinados tomaram as redes desde que as vacinas contra a covid-19 começaram a ser aplicadas no Brasil. Apesar de ser um passo importante no combate à pandemia, apenas 8% da população recebeu a vacinação com as duas doses e está completamente imunizada, como mostra o Vacinômetro do R7.

A combinação desses fatores pode contribuir para um novo surto da doença no Brasil, conforme explicam a imunologista Lorena de Castro Diniz, da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), e o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise COVID-19.

“Ainda há uma grande circulação do vírus na comunidade e ainda não há estudos que indiquem que as vacinas sejam esterilizantes, ou seja, que evitam a transmissão do vírus. O vacinado pode transmitir para uma pessoa que esteja em um momento imunológico mais deprimido, pois nosso sistema imunológico tem oscilações diárias, e aí a pessoa fica mais suscetível à infecção”, explica a imunologista.

Schrarstzhaupt ressalta, ainda, que promover reuniões neste cenário contribui diretamente para o aumento de casos de covid-19. “Se eu aumento a mobilidade, estou promovendo o encontro das pessoas que estão com o vírus com as que estão suscetíveis, quando mistura isso é a receita de uma bomba”, afirma. 

ombinação desses fatores pode contribuir para um novo surto da doença no Brasil, conforme explicam a imunologista Lorena de Castro Diniz, da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), e o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise COVID-19.

“Ainda há uma grande circulação do vírus na comunidade e ainda não há estudos que indiquem que as vacinas sejam esterilizantes, ou seja, que evitam a transmissão do vírus. O vacinado pode transmitir para uma pessoa que esteja em um momento imunológico mais deprimido, pois nosso sistema imunológico tem oscilações diárias, e aí a pessoa fica mais suscetível à infecção”, explica a imunologista.

Schrarstzhaupt ressalta, ainda, que promover reuniões neste cenário contribui diretamente para o aumento de casos de covid-19. “Se eu aumento a mobilidade, estou promovendo o encontro das pessoas que estão com o vírus com as que estão suscetíveis, quando mistura isso é a receita de uma bomba”, afirma. 

Além disso, a imunologista destaca que as vacinas não protegem completamente contra o coronavírus, então, mesmo vacinadas, mães e avós ainda podem desenvolver a covid-19, ainda que de forma leve.

Outro ponto destacado por Lorena é que casos graves da doença tem crescido entre jovens. Um boletim divulgado recentemente pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostrou um aumento de mais de 1.000% de óbitos entre pessoas de 20 a 29 anos.

“Vemos que as novas cepas estão mais virulentas, capazes de levar ao adoecimento de pessoas mais jovens sem comorbidades, até porque essa é uma faixa etária na qual há mais exposição ao vírus, porque é a faixa trabalhadora, que está nas ruas. É um conjunto de fatores, as pessoas vão naturalmente relaxando as medidas protetivas e, com o afrouxamento dos decretos, há maiores aglomerações”, avalia.

combinação desses fatores pode contribuir para um novo surto da doença no Brasil, conforme explicam a imunologista Lorena de Castro Diniz, da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), e o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise COVID-19.

“Ainda há uma grande circulação do vírus na comunidade e ainda não há estudos que indiquem que as vacinas sejam esterilizantes, ou seja, que evitam a transmissão do vírus. O vacinado pode transmitir para uma pessoa que esteja em um momento imunológico mais deprimido, pois nosso sistema imunológico tem oscilações diárias, e aí a pessoa fica mais suscetível à infecção”, explica a imunologista.

Schrarstzhaupt ressalta, ainda, que promover reuniões neste cenário contribui diretamente para o aumento de casos de covid-19. “Se eu aumento a mobilidade, estou promovendo o encontro das pessoas que estão com o vírus com as que estão suscetíveis, quando mistura isso é a receita de uma bomba”, afirma. 

Além disso, a imunologista destaca que as vacinas não protegem completamente contra o coronavírus, então, mesmo vacinadas, mães e avós ainda podem desenvolver a covid-19, ainda que de forma leve.

Outro ponto destacado por Lorena é que casos graves da doença tem crescido entre jovens. Um boletim divulgado recentemente pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostrou um aumento de mais de 1.000% de óbitos entre pessoas de 20 a 29 anos.

“Vemos que as novas cepas estão mais virulentas, capazes de levar ao adoecimento de pessoas mais jovens sem comorbidades, até porque essa é uma faixa etária na qual há mais exposição ao vírus, porque é a faixa trabalhadora, que está nas ruas. É um conjunto de fatores, as pessoas vão naturalmente relaxando as medidas protetivas e, com o afrouxamento dos decretos, há maiores aglomerações”, avalia.

Transmissão descontrolada

De acordo com o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, que analisa a incidência de casos e mortes por covid-19 no país, isso ocorreria porque não se sabe exatamente quantas pessoas estão infectadas pelo novo coronavírus no país, pois não há uma testagem em massa da população - o que também distancia a média móvel de novos casos, que atualmente indica cerca de 60 mil por dia, da realidade.

“Esse número, na verdade, é uma fração de quantas pessoas estão efetivamente contaminadas porque, o que acontece, é que os doentes buscam a testagem conforme vão tendo sintomas. Mas há muitas pessoas que têm sintomas, acham que não é covid e aí não faz o teste, ou é assintomática, mas tem o vírus e pode transmiti-lo. Não se sabe quem são essas pessoas”, explica.

Além da vacinação, Schrarstzhaupt ressalta que, para reuniões serem consideradas seguras neste momento pandêmico, é necessário que o número de pessoas testando positivo para o vírus esteja abaixo de 5% no país, conforme as orientações do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), dos Estados Unidos. A precisão destes positivos, no entanto, também depende da testagem em massa.

“Daí para cima já é muito perigoso. No Brasil [onde não há esse controle de testes], tem locais com 50% de positividade diária, nesse último surto chegamos a 45%. Isso significa que estamos descontrolados”, avalia.

Esse tipo de monitoramento é chamado de vigilância epidemiológica e, para dar certo, o cientista ressalta que precisa ser feito por município.

“Araraquara, por exemplo, que fez lockdown e reduziu bastante o número de casos, agora tem uma capacidade diária de 500 testes, eles vão em indústrias, comércios, em bairros, para tentar descobrir onde tem epicentro do vírus para fechar. Lá a positividade está em 9%”, explica.

Distanciamento por amor

Caso seja inevitável algum tipo de encontro no Dia das Mães, a imunologista Lorena de Castro Diniz orienta que o uso da máscara seja constante e, se possível, que o encontro seja feito ao ar livre ou ambientes arejados, com a janela sempre aberta para permitir a circulação de ar, e mantendo o distanciamento social.

“Está todo mundo precisando desse abraço, mas eu falo que é um distanciamento por amor, para que nenhuma das partes se contamine nesse momento. Porque na hora que a gente tira a máscara para fazer a refeição junto, ou o abraço ali desprotegido ou com a máscara contaminada no rosto, é que pode ocorrer a contaminação. O contato mais próximo nesse momento é ainda perigoso”, afirma.

A especialista também ressalta que é preciso se atentar ao calendário de vacinação de cada município, para que as mães e avós não percam a chance de serem vacinadas contra a covid-19.