Instalado para servir de retaguarda à Rede Estadual de Saúde e ampliar a assistência aos pacientes Covid-19, o Hospital da Polícia Militar, registra alta resolutividade na atenção aos usuários. Dados da unidade hospitalar dão conta de que entre janeiro e abril deste ano foram admitidos 345 pacientes covid-19 e destes, 293 tiveram alta médica. No período, foram contabilizados 44 óbitos, o equivalente a menos de 15% do total de internados.

O maior volume de pacientes se deu nos meses de março e abril, com 114 e 120 admissões, respectivamente, conforme estatística da superintendência da unidade hospitalar, que viu dobrarem os números de internamentos em relação a janeiro, 59 pacientes, e fevereiro, com 52. Foi também nos dois últimos meses do período que o hospital registrou a maior taxa de ocupação da UTI. Em março foram 11 pacientes em leito de Unidade de Tratamento Intensivo e em abril, 25.

Por se tratar de uma unidade de retaguarda, o Hospital da Polícia Militar não é porta de entrada para o paciente. As admissões ocorrem através do Complexo Regulatório do Estado, a partir da solicitação das unidades da rede. Entre janeiro e abril, a maior demanda partiu dos hospitais Regionais de Itabaiana e de Nossa senhora do Socorro, bem como das Unidades de Pronto Atendimento Nestor Piva e Fernando Franco, em Aracaju.

O Hospital da Polícia Militar atuou no período com 18 leitos de Unidade de tratamento Intensivo e 33 de enfermaria, sendo um de estabilização, segundo informou a superintendente da unidade, Fernanda Trindade Oliveira Silva. Acrescentou que o hospital tem uma equipe muito qualificada, composta por profissionais como enfermeiros, fisioterapeutas, cardiologistas, pneumologistas, infectologista, cirurgião torácico, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas.

Para o pneumologista do HPM, Ivan Mendes Ribeiro, a resolutividade apresentada pelo hospital durante a pandemia, se deve à equipe formada por diversas especialidades e profissionais comprometidos com os seus pacientes. “Minhas condutas na pneumologia jamais seriam efetivas se não houvesse o apoio da fisioterapia e da enfermagem. Mas lá estão também o psicólogo, o assistente social, o nutricionista e as funcionárias da limpeza, cada um atuando em sua área com extrema dedicação e compromisso com a recuperação do paciente”, declarou.

Segundo o pneumologista, durante toda a pandemia se traçou no Hospital da Polícia Militar um caminho de sucesso. “Executamos um cuidado íntegro, baseado em todos os pilares de segurança e, capitaneado por nossas chefias, mostramos os frutos e deixamos um legado durante a crise sanitária. Muitas vidas salvas e um imenso respeito àqueles que perdemos”, concluiu