Apesar do rápido avanço do vírus neste país de 1.350 milhões de habitantes, suas autoridades comemoram que 2.523.771 pacientes já tenham recebido alta, o que coloca a taxa de recuperação em 76,24%.
Crise de saúde
Longe de comemorar os dados, o conhecido virologista N. Venkatachala Ravi, ex-diretor do departamento de Virologia do Hospital Vimhans de Nova Delhi, considera que "o país enfrenta uma crise de saúde" e, embora "as autoridades possam negar, há um enorme sofrimento humano. "
“O lado positivo é que a mortalidade por covid-19 no país é relativamente baixa”, explicou o médico à Efe.
O país registrou 60.472 óbitos no total (proporção de 1,8%) e 1.023 óbitos nas últimas 24 horas.
O virologista alerta, porém, que “o que é mais preocupante é que os casos agora estão aumentando mais rapidamente nas regiões urbanas e mais pobres da Índia, onde o preparo do sistema de saúde está abaixo da média”.
Por enquanto, a região mais afetada pelo vírus é o oeste de Maharastra, que abriga a capital financeira do país, Bombaim, e que já tem 718.711 casos; seguido pelos estados do sul de Tamil Nadu (com 397.261 infecções), Andhra Pradesh (382.469) e Karnataka (300.496).
Apesar de a curva de contágio continuar subindo, o Governo decretou em 1º de agosto a entrada da Índia em sua terceira fase de eliminação progressiva das restrições, após a retirada das limitações de movimentação, com exceção das áreas contenção.
Assim, embora a maioria das atividades seja permitida, locais que atraem grande número de pessoas, como metrô, cinemas ou casas noturnas, como discotecas, permanecem fechados em todo o país.