O gabinete de combate ao novo coronavirus de Israel decidiu na quarta-feira (30) estender o confinamento do país, por enquanto por três dias, discutiu novas limitações e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alertou que as restrições podem durar meses "ou até um ano".

Os ministros aprovaram o polêmico regulamento de emergência, que limita as manifestações e outras reuniões a um quilômetro da residência de cada participante e em grupos de 20 pessoas, medida aprovada pelo Parlamento na véspera, pela qual a comissão de Constituição, Lei e Justiça Parlamentar e que afetará especialmente os protestos contra o premiê.

 

Também decidiram impor multas de 500 siclos (cerca de R$ 817) àqueles que visitarem as "Sucas" (cabanas) de outras pessoas durante o feriado judaico de Sucot (Festa dos Tabernáculos).

O atual confinamento vai até pelo menos o próximo dia 14, embora seja previsível que continue por longos meses, alertou o primeiro-ministro. O governo israelense quer evitar o erro cometido com a primeira onda de coronavírus, com uma flexibilização muito rápida, e Netanyahu alertou que "a saída do confinamento será lenta e gradual, desta vez pode durar entre meio ano e um ano", informou hoje o site israelense de notícias "Ynet".

Diferente de vários ministros, o titular da Economia, Israel Katz, pediu que fossem relaxadas as restrições - que mantêm fechadas todas as empresas não essenciais, escolas e boa parte da vida pública e da atividade económica, e que as empresas que não servem o público reabram após o feriado de Sucot, que termina no dia 9, noticiou o site "Times of Israel".

O Ministério da Saúde informou hoje um novo recorde de infecções ontem, com quase 9 mil novos casos, apesar do confinamento. Segundo o último boletim, foram 8.919 contágios em 24 horas, após a realização de 68 mil testes.

O número de mortos por covid-19 está atualmente em 1.571, um terço dos quais faleceram no último mês.

Fonte: R7