Assim como os profissionais da Saúde e da Segurança Pública, os jornalistas também estão expostos ao coronavírus. Para executar o seu trabalho e manter a sociedade bem informada, os jornalistas precisam ir às ruas e frequentar diversos lugares que podem colocar a sua saúde em risco.
Segundo dados do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor), 230 jornalistas já foram infectados com a Covid-19 e três estão internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Na tentativa de incluir os jornalistas como grupo prioritário para a vacinação, a Superintendência de Comunicação do Governo garantiu que uma nova reunião com o Sindijor será realizada após a apresentação do cronograma de vacinação dos professores.
“Recebemos a informação que o governador Belivaldo Chagas tem total conhecimento do pleito apresentado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe, reconhece a legitimidade do pedido, e que, logo após iniciar o processo de vacinação dos professores das redes particular e pública, convidará uma comissão de jornalistas para, em audiência pública, debater esse assunto. A perspectiva é que até a primeira semana de junho esse encontro seja realizado”, enfatiza o vice-presidente e secretário geral do Sindijor/SE, Milton Alves.
De acordo com o Sindicato, segundo dados apresentados pelos veículos oficiais de comunicação em Sergipe, aproximadamente 300 jornalistas estão incluídos na lista de prioridades. No entanto, esse número pode ser alterado. Além disso, o Sindijor também ressalta alguns requisitos que devem estar sendo cumpridos para que o jornalista possa receber a vacina.
“Contamos hoje com aproximadamente 300 jornalistas incluídos nessa lista. Vale enaltecer que esse número deve ser modificado diante da existência de profissionais recentemente vacinados por trabalharem em unidades hospitalares, por estarem dentro dos grupos prioritários em relação a idade, e/ou por apresentarem alguma comorbidade. Estão sendo incluídos aqueles profissionais que não estão trabalhando na modalidade home office. Profissionais desempregados, em gozo de férias ou afastados por orientação médica também não estão sendo incluídos. Ou seja, todos os jornalistas graduados, que seguem trabalhando nas ruas, redação ou assessoria, estão aptos para serem incluídos na lista”, disse Milton Alves.
Expectativa
A jornalista Sarah Medeiros celebra a possibilidade de inclusão da sua classe na lista de prioridades e lamenta a perda dos colegas que faleceram devido a Covid-19. “É primordial que os profissionais de comunicação também sejam imunizados, afinal de contas, estamos trabalhando na linha de frente desde o início da pandemia. Somos considerados essenciais e nada mais justo que também sejamos incluídos entre as categorias com prioridade na imunização. Infelizmente já tivemos alguns colegas que perderam a vida para a Covid-19. Vacina já”, destaca a jornalista.
Sarah Medeiros: "Com certeza não viveremos nessa agonia diária"
A jornalista Adriana Aquino destaca que a chegada da vacina renova as esperanças de dias melhores. "Esperança em saber que a vacina vai diminuir a dor da perda, mas que os cuidados continuarão, para que possamos ir e vim com mais tranquilidade. Se vai ser como antes? Não, mas com certeza não viveremos nessa agonia diária", disse a jornalista.
Adriana Aquino: "Os cuidados continuarão"
O jornalista Bruno Cavalcante ressalta que os jornalistas sempre estiveram na linha de frente, e que a conquista da vacina é um bem para a categoria. "Estivemos na linha de frente da informação, sempre. Não paramos. Ficamos expostos aos riscos. Perdemos colegas. Mas respeitamos todos os grupos prioritários, sem exceção. Valorizamos o trabalho de quem é da saúde, e de quem a promove. Nada mais justo que nesse momento, possamos reivindicar pelo bem da nossa categoria", enfatiza.
Bruno Cavalcante: "Perdemos colegas"