Novo coronavírus

Países europeus vivem pior semana da pandemia desde abril

Novos picos do número de infecções diárias levam autoridades a endurecer medidas para conter o avanço do coronavírus em meio à chegada do frio

  • Do R7, com EFE, Reuters e Ansa
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  • 10/10/2020 - 02h00

 

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Grandes centros urbanos europeus voltam a endurecer medidas de contenção do vírus

Grandes centros urbanos europeus voltam a endurecer medidas de contenção do vírus

Charles Platiau/Reuters

A Europa voltou a registrar nesta semana números preocupantes de novos casos de covid-19, enquanto governos locais tentam conter o avanço do coronavírus sem causar ainda mais danos à economia já fragilizada.

Dos 350 mil novos casos registrados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em todo o mundo na sexta-feira (9), 109,7 mil foram em território europeu. O continente também contabilizou, entre quinta e sexta, 950 mortes. 

 

Após um verão com ares de que o pior já havia passado, a chegada do outono — quando naturalmente a incidência de doenças respiratórias aumenta — algumas regiões da Europa já tiveram que adotar restrições na expectativa de frear a transmissão do coronavírus.

Espanha

 

Novo coronavírus

Países europeus vivem pior semana da pandemia desde abril

Novos picos do número de infecções diárias levam autoridades a endurecer medidas para conter o avanço do coronavírus em meio à chegada do frio

  • Do R7, com EFE, Reuters e Ansa
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  • 10/10/2020 - 02h00

 

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Grandes centros urbanos europeus voltam a endurecer medidas de contenção do vírus

Grandes centros urbanos europeus voltam a endurecer medidas de contenção do vírus

Charles Platiau/Reuters

A Europa voltou a registrar nesta semana números preocupantes de novos casos de covid-19, enquanto governos locais tentam conter o avanço do coronavírus sem causar ainda mais danos à economia já fragilizada.

Dos 350 mil novos casos registrados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em todo o mundo na sexta-feira (9), 109,7 mil foram em território europeu. O continente também contabilizou, entre quinta e sexta, 950 mortes. 

 

Após um verão com ares de que o pior já havia passado, a chegada do outono — quando naturalmente a incidência de doenças respiratórias aumenta — algumas regiões da Europa já tiveram que adotar restrições na expectativa de frear a transmissão do coronavírus.

Espanha

Madri é uma das capitais europeias mais afetadas e tem restrições de mobilidade

Madri é uma das capitais europeias mais afetadas e tem restrições de mobilidade

Rodrigo Jiménez/EFE - 9.10.2020

Com um sistema de saúde colapsado no primeiro pico de casos, em março, a Espanha voltou a enfrentar dias difíceis.

Nesta semana, o Ministério da Saúde notificou 241 mortes por covid-19 em 24 horas — entre quinta-feira e sexta-feira. O número representa o dobro do registrado entre quarta e quinta: 126.

O país teve ainda 12.788 novos casos notificados na sexta-feira, totalizando desde o início da pandemia 861.112, com 32.929 óbitos.

A Espanha voltou a figurar no topo da lista de países com maior número de casos de covid-19 no mundo, na sétima posição, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

Quase 40% dos novos casos foram registrados na região da Madri, instada pelo governo central a impor medidas mais duras de contenção do vírus.

Os números colocam Madri como uma das capitais europeias mais afetadas pelo vírus nesta segunda onda da pandemia, razão pela qual o governo espanhol decidiu, na sexta-feira, impor um estado de alarme na cidade e em outros oito municípios.

A ação agrava um impasse entre o governo do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e a chefe regional da capital de liderança conservadora, que acredita que as restrições são ilegais, excessivas e desastrosas para a economia local.

O estado de alarme durará 15 dias e terá as mesmas restrições de mobilidade e outras limitações que vigoravam até quinta-feira, antes de serem anuladas por um tribunal de Madri que considerou violar as liberdades dos cidadãos.

Itália

País que se tornou o retrato da crise da covid-19 no Ocidente, logo no início da pandemia, no fim de fevereiro, a Itália registrou na sexta-feira 5.372 novos casos: maior número para um único dia desde 28 de março.

Naquela época, o país enfrentava o pico da pandemia e vivenciava as primeiras semanas do lockdown decretado pelo governo. Essa também é a sétima maior cifra de novos casos em 24 horas desde o início da crise. O recorde é detido por 21 de março, com 6.557.

De acordo com o boletim atualizado do Ministério da Saúde, a Itália soma agora 343.770 diagnósticos positivos e 36.111 óbitos causados pelo novo coronavírus, após um acréscimo de 28 vítimas em um dia, seis a mais que na quinta-feira.

A principal responsável pelo aumento expressivo dos casos nesta sexta é a Lombardia, epicentro da pandemia no país e que registrou 983 contágios em 24 horas. A Campânia, que vinha liderando a estatística em outubro, teve 769.

Em seis dias, a Itália já superou o número de novos casos da semana passada: são 21.020 diagnósticos positivos desde domingo (4), contra 14.650 da semana passada inteira. Agora o país acumula 12 semanas seguidas de aceleração na pandemia.