O Hospital de Campanha (HCamp) Cleovansóstenes Pereira Aguiar foi desativado na última sexta-feira, 18. A unidade provisória, referência para tratamento de covid-19 de baixa e média complexidade, foi essencial para que não houvesse o colapso do sistema de saúde da capital. Apesar da desinstalação do HCamp, a população não ficará sem assistência e os casos suspeitos e confirmados seguirão sendo atendidos.
Uma das razões que levou à desativação da unidade é Aracaju ter registrado reduções consideráveis do número de casos da doença causada pelo coronavírus. Esse número é monitorado, diariamente, pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e serve como parâmetro para as ações realizadas pela Prefeitura.
“Chegamos à décima semana de queda progressiva dos casos de covid na cidade. Obviamente, vamos continuar acompanhando, até porque as pessoas continuam nas ruas, seguindo uma rotina. A partir do momento que registrarmos o aumento do número de casos, aumento de pessoas internadas, estaremos atentos para que possamos tomar medidas no intuito de que não haja uma nova onda e que não percamos o controle diante disso”, afirmou a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza.
De acordo com a secretária, existe um planejamento perante a pandemia, no entanto, ainda há a necessidade de um pensamento coletivo, ou seja, é preciso que a população faça a sua parte para que Aracaju não volte a registrar aumento do número de casos da doença.
“Nós já estamos providenciando, inclusive, ampliar o número de leitos contratados que nós já temos em nossa rede para que, caso haja necessidade de internação a mais, nós tenhamos esses leitos. O objetivo é dar condições de atendimento às pessoas que vierem a precisar, a prioridade é seguir prestando assistência”, destacou.
Atendimento
Com a desativação do HCamp, a população pode continuar recorrendo às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Fernando Franco (zona Sul) e Nestor Piva (zona Norte), bem como às quatro unidades sentinelas para síndromes gripais (UBS Geraldo Magela, no conjunto Orlando Dantas; UBS Ministro Costa Cavalcante, no Inácio Barbosa; UBS José Machado de Souza, no Santos Dumont, e a UBS Onésimo Pinto, no Jardim Centenário).
Sobre as consultas com especialidades, Waneska Barboza explica que, devido à pandemia, as consultas eletivas foram suspensas, mas há cerca de um mês, aos poucos, elas estão sendo retomadas. “Inclusive, os usuários das unidades UBS Augusto Franco, UBS Fernando Sampaio, UBS Cândida Alves e a UBS Eunice Barbosa poderão retornar a fazer uso dos serviços ofertados de forma regular, a exemplo de sala de vacinas, consultas e curativos, serviço de puericultura e de citopatologia, testes de HIV, gravidez e sífilis, pré-natal entre outros. Elas faziam parte das oito unidades sentinelas e, agora, com a queda dos casos de covid-19, voltam a prestar os serviços de antes”, esclareceu.
MonitorAju
Outro serviço que segue disponível é o MonitorAju, o qual presta orientação à população e acompanha os casos confirmados de covid-19. “O MonitorAju deve permanecer, não só para atender pessoas com covid-19, mas também para ampliarmos para casos de dengue, chikungunya, tuberculose, hanseníase e outras doenças infectocontagiosas, assim, temos um projeto de ampliação para ele”, frisa a secretária.
A pessoa que está apresentando sintomas leves ou está com suspeita de infecção da doença, antes de sair de casa também pode utilizar o serviço de monitoramento, através do MonitorAju pelo 0800 729 3534 ou pelo site da Prefeitura de Aracaju.
O serviço de atendimento pelo site é 24h, enquanto a central por telefone funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 19h, e o monitoramento, que é o serviço de acompanhamento dos casos, funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h, e aos sábados e domingos das 8h às 14h.
Aracaju pela Vida
Em atividade desde o mês de março, o Aracaju pela Vida já realizou mais de mil atendimentos em toda a capital sergipana, e também permanece ativo. O programa objetiva monitorar os casos de covid-19 na cidade e é voltado para as pessoas que integram os grupos de riscos para agravamento da doença, como idosos, obesos e pessoas com comorbidades. O Aracaju pela Vida atua com equipes compostas por médicos e enfermeiros que realizam visitas às residências para acompanhar o quadro de saúde dessas pessoas.
Atualmente, são sete os bairros que foram definidos de acordo com o perfil epidemiológico e, assim, recebem o programa diariamente: Centro, Soledade, Santos Dumont, Porto Dantas, Cidade Nova, Santo Antônio e Lamarão.
Fonte: SMS