A Prefeitura de Aracaju segue monitorando pessoas notificadas por hospitais de casos suspeitos da variante Delta do coronavírus, advindas da Índia, Argentina, África do Sul e Reino Unido, além dos estados do Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará e do Distrito Federal, apresentando sintomas em até 10 dias após a chegada da viagem.
O Monitoraju e a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde monitoram os pacientes infectados, pessoas que mantiveram contato e os suspeitos que estão aguardando resultado de exames. De acordo com a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, a equipe da pasta recebe as notificações e assim que tem conhecimento, inicia o monitoramento do paciente e seus contactantes.
“Verificamos a condição clínica do paciente, confirmamos informações como endereço, data de início dos sintomas, comorbidades, quais são os contatos, locais advindos, prestamos orientações sobre a necessidade de isolamento domiciliar, orientamos sobre higiene, etiqueta respiratória, uso de máscara, e caso apresente agravamento de sintomas, indicamos procurar a rede hospitalar”, explica.
Alerta do Cievs
A Vigilância Epidemiologia realiza o bloqueio de campo, a partir do caso suspeito e seus contactantes, com todas as informações importantes do caso, com o intuito de quebrar a cadeia de transmissão.
“Esse acompanhamento é feito durante o período de 10 dias, a partir obviamente da data dos sintomas, e da coleta do RT-PCR dos notificados e as pessoas próximas. A depender da carga viral, ou seja, da quantidade de vírus que o paciente com sintomas tenha, é enviado para a FioCruz, que fará o mapeamento do sequenciamento genômico da amostra do material coletado”, explica a médica infectologista da SMS, Fabrizia Tavares.
Primeiro caso
A Saúde de Aracaju recebeu na terça-feira (14) a confirmação do primeiro caso de variante Delta do coronavírus. O sequenciamento genômico da amostra de RT-PCR, coletado em 31 de julho, em um hospital particular, foi realizado pelo laboratório da Fiocruz. Trata-se de uma mulher de 40 anos que teve contato com dois adolescentes que estiveram no Rio de Janeiro.
“Fomos notificados por um hospital particular no dia 31 de julho e enviamos, nesse mesmo dia, equipe na residência da paciente para avaliar comunicantes, levando a declaração de isolamento domiciliar, e também realizamos monitoramento da região em que a pessoa reside, onde não foi constatado aumento de casos na área próxima e no bairro”, afirma Waneska.
A gestora também destaca a importância da vacina no controle da variante, ressaltando que a paciente detectada com a Delta recebeu duas doses de CoronaVac, o que evitou agravamento do quadro de saúde.
“Nossa equipe foi na casa da pessoa. A família foi colaborativa, atendeu todas as orientações da Secretaria e já saiu do isolamento. Também monitoramos o bairro e observamos que não houve aumento de casos na região. É importante informar que a paciente tomou as duas doses da vacina, do imunizante CoronaVac, o que comprova a eficácia da vacinação no controle da pandemia”.