O Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), perdeu nesta segunda-feira, 15, um dos seus fundadores, o médico Reginaldo de Oliveira Silva. Com 74 anos, o médico estava internado há alguns dias, vindo a falecer por complicações causadas pelo Covid-19.
A atual superintendente do HU-UFS, Angela Silva, lamentou pela perda. “O professor Reginaldo dedicou brilhantemente cerca de 40 anos da sua vida ao HU, tendo deixado o seu trabalho no hospital há oito anos”, declarou.
De acordo com ela, o médico foi peça fundamental para a implantação da residência médica de Ginecologia e Obstetrícia. Formado em Medicina, pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1969, ele atuou como professor do Departamento de Medicina da UFS de 1º de dezembro de 1973 a 19 de janeiro de 2012.
“Além de ter participado diretamente da transição de Hospital Sanatório para Hospital Universitário, o professor Reginaldo foi diretor do HU por dois anos, de 1984 a 1986, e foi extremamente importante para a implantação das residências médicas, especialmente a residência da sua área, a de Ginecologia e Obstertrícia”, lembrou a gestora.
Transformação
O atual HU-UFS começou a se tornar realidade quando a universidade propôs ao Ministério da Saúde, em 1982, um convênio para utilizar o antigo Hospital Sanatório de Aracaju. Em 1983, foi transferida para a UFS a administração da instituição hospitalar, que virou Hospital de Aracaju e, no ano seguinte, Hospital Universitário.
A instituição foi criada para prestar assistência médico-hospitalar, além de ser o hospital-escola destinado às atividades acadêmicas dos diversos cursos da área da saúde.
“Mesmo doente, com a saúde fragilizada, ele queria muito que o Hospital Universitário contasse com uma galeria de ex diretores, fortalecendo a história da instituição. Fui muito cobrada por isso e sinto muito por ele não ter conseguido visitar a galeria que conseguimos inaugurar”, lamentou Angela Silva.
O corpo do médico foi sepultado no Cemitério Colina da Saudade. Devido à pandemia de Covid-19, não houve velório. A cerimônia foi restrita a poucos familiares.
Fonte: Andreza Azevedo/Núcleo de Comunicação Social do HU/Aracaju
Foto: Paulo Marques/bolsista Ascom/UFS