A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou na última sexta-feira, 02, um estudo que revelava uma tendência de crescimento das Síndromes Respiratória Aguda Grave (SRAG), em cinco capitais, incluindo Aracaju. O boletim levou em consideração o período de 20 a 26 de setembro e as cidades com índices que tendem ao aumento são Aracaju (SE), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP) e Manaus (AM).

Segundo descrito no estudo da Fiocruz, para os resultados expostos foram consideradas todas as notificações registradas no sistema Sivep-gripe que atendam os seguintes critérios: tosse ou dor de garganta, acompanhado por dispnéia, ou saturação de oxigênio menos que 95%, ou dificuldade respiratória, além de necessidade de hospitalização ou óbito com esse quadro de sintomas, independentemente de hospitalização.

Os dados apontam que em Aracaju (SE), o sinal é de crescimento para a tendência de longo prazo (probabilidade de mais de 75%), que é quando se avalia possíveis variações em períodos de seis semanas consecutivas. Para evitar que a probabilidade de crescimento aumente, algumas medidas devem ser mantidas, a exemplo do uso de máscaras e do distanciamento, principalmente em locais fechados.

“Com a retomada das atividades, muitas pessoas têm se comportado como se a covid-19 não representasse mais uma ameaça, o que não é verdade. Mesmo que a SRAG possa ser causada por outras doenças, é importante destacarmos que com base nos dados da própria Fiocruz, 97,6% dos casos positivos da síndrome são ocasionados pelo novo coronavírus. Isso quer dizer que é essencial que a população continue evitando aglomerações, usando máscara e fazendo uso do álcool em gel ou lavando bem as mãos sempre que possível”, alertou a secretária municipal da Saúde da Aracaju, Waneska Barboza.

Entre os casos positivos de SRAG, apenas 0,5% foram em decorrência da Influenza A; 0,2% da Influenza B; 0,4% vírus sincicial respiratório (VSR). Em 2020, já foram reportados 473.222 casos, sendo 258.181 (54,6%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 142.891 (30,2%) negativos, e 42.240 (8,9%) com resultado laboratorial ainda pendente.

Fonte: SMS