A Prefeitura de Aracaju iniciou, nesta terça-feira, 9, a aplicação da segunda dose de CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac Biotech, nos idosos institucionalizados. Conforme orientado pelo fabricante, a segunda dose está sendo aplicada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) após os 21 dias de intervalo com relação à primeira administração. Ao todo, cerca de 230 idosos receberam a dose que completa o ciclo da vacina. 

“Durante esta semana, estamos iniciando o cronograma de aplicação da segunda dose dessa primeira fase. Para os profissionais de saúde, as doses serão aplicadas nos seus locais de trabalho, pela própria unidade hospitalar que irá buscar o quantitativo de doses solicitado previamente junto à Rede de Frio. Já os idosos institucionalizados, as equipes de vacinadores da SMS retornarão aos lares de longa permanência para realizar a imunização”, esclarece a coordenadora do Programa Municipal de Imunização da SMS, Ana Paula Machado. 

Os idosos residentes nos lares de longa permanência serão contemplados com a segunda dose entre esta terça e quarta-feira, dias 9 e 10. Para cada local, foi designada uma equipe composta por um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem. 

A coordenadora do Programa de Imunização explica, ainda, que, obrigatoriamente, as pessoas que receberam a CoronaVac na primeira dose, receberão a mesma vacina na segunda. 

“Essa segunda dose é destinada àqueles que já iniciaram a imunização, recebendo a primeira dose, ou seja, nas listas enviadas pelos hospitais, unidades de saúde e lares de idosos deverão constar os nomes dos profissionais que já foram contemplados no início da imunização, para que o ciclo das duas doses seja finalizado”, salienta Ana Paula. 

No Lar de Idosos Nossa Senhora da Conceição (Same), que recebeu as equipes, nesta terça, a expectativa era das melhores, visto que, com a segunda dose, a esperança por dias melhores e não tão solitários se intensifica com o fechamento do ciclo da vacina. 

“A sensação é de tranquilidade, afinal são 11 meses de isolamento social, de expectativa, aguardando a vacina. Hoje, com a segunda dose, passamos para outro estágio, agora, de mais segurança, quando esperamos que a vida volte ao seu curso normal, principalmente numa instituição que precisa da visitação dos familiares, dos amigos. Durante todo esse tempo, os idosos ficaram privados do relacionamento com os familiares. A partir de agora, esperamos que as coisas melhorem”, ressalta o diretor-presidente do Same, diácono Antônio Costa.  

Há quatro anos abrigada no lar, Eutália Borba, de 79 anos, foi uma das que recebeu a segunda dose, no dia de hoje. “É um momento muito emocionante e me sinto mais tranquila, com o coração cheio de esperança. A gente já consegue imaginar dias melhores”, afirma Eutália. 

Sua colega de lar, Valdeci Santos, também ressaltou a sensação. “A gente se sente mais seguro e estou muito feliz. Não quis nem saber qual era a vacina, só quis tomar porque sei que é bom”, frisa.