No último dia 16, o Ministério da Saúde anunciou que a terceira dose da vacina contra a Covid-19 deverá ser aplicada em todos os brasileiros maiores de 18 anos. Até o momento, a chamada dose de reforço estava destinada apenas a uma parcela da população.
A médica infectologista cooperada Unimed Sergipe, Márcia Maria Macêdo, explica que o reforço é necessário neste momento, principalmente diante do surgimento de mutações do vírus, chamadas de variantes.
"As vacinas contra Covid-19 são seguras e altamente eficazes, incluindo casos graves, e salvam vidas. No entanto, o surgimento de novas variantes que aumentam a transmissibilidade da doença Covid-19, como a delta, poderiam por em risco os indivíduos mais susceptíveis como os idosos e imunossuprimidos, que podem não apresentar resposta de anticorpos suficiente como defesa. Com a dose de reforço há melhora da resposta imune", explica Márcia.
Anteriormente, o reforço era indicado apenas para maiores de 60 anos, profissionais da saúde e pessoas com problemas no sistema imunológico. O que também mudou foi o intervalo de tempo entre a segunda dose e a dose de reforço, que caiu de seis para cinco meses.
O Governo Federal assegura que há doses suficientes para a terceira aplicação, que já começou a ser ofertada em todo o país. “A terceira dose ou reforço pode ou não coincidir com o esquema tomado previamente. Atualmente, a preferência é que a terceira dose seja da Pfizer", afirma a infectologista.