Após um ano do primeiro diagnóstico laboratorial para a Covid-19, através da técnica RT-PCR, que confirmou a infecção de uma mulher que havia retornado de viagem a Espanha, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), unidade gerida pela Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), prossegue com o trabalho para enfrentamento ao vírus em Sergipe.

De acordo com dados do Gerenciamento de Ambiente Laboratorial (GAL), no primeiro ano da pandemia foram cadastradas 166.962 amostras. Agora em 2021, de janeiro até 14 de março a unidade já recebeu 67.384 amostras, com uma média de 1.020 amostras ao dia, destas 38.479 apresentaram resultados positivos.

Para atender a demanda laboratorial, a diretoria executiva da Fundação Parreiras Horta mobilizou gestores das áreas operacionais e administrativas para promover as adequações técnicas nos laboratórios de recepção e cadastro de amostras e biologia molecular e, assim, incluir na rotina das análises laboratoriais dos vírus respiratórios já conhecidos, o novo coronavírus (SARS-Cov-2).

A diretora geral da Fundação, Luciana Déda, ressaltou que as ações foram adotadas junto com o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde, para aquisição de insumos, de equipamentos termocicladores e extratores e contratação de mais profissionais. “Também ampliamos o horário de trabalho no laboratório de Biologia Molecular, que funciona durante 24 horas, processando as amostras para diagnóstico da Covid-19”, destacou a gestora.

No laboratório de Biologia Molecular, setor onde são processadas as amostras oriundas dos 75 municípios sergipanos, os profissionais trabalham em ritmo acelerado. Segundo Cliomar Alves, superintendente da unidade, no ano passado houve a união e esforço coletivo de gestores e profissionais para agilizar as análises. “Passamos por momentos de muita angústia, em que todos deram as mãos com um único fim que é dar diagnósticos de qualidade e no menor espaço de tempo para os pacientes. Entendemos que por trás de cada amostra tem um paciente e uma família. Bem como sabemos da importância do resultado para o correto isolamento do paciente”, lembrou o gestor.

Agora em 2021, a Fundação Parreiras Horta reafirma o compromisso em manter a qualidade e eficiência dos resultados nas análises laboratoriais, que são essenciais para adoção de medidas de proteção e na oferta de tratamento cada vez mais aperfeiçoado aos pacientes.

Compromisso

O trabalho para os testes do coronavírus tem início com a recepção das amostras encaminhadas para o Lacen. No setor, uma equipe com mais de 20 funcionários se divide entre as atividades de recepção, conferência das amostras, etiquetagem e envio do material até o laboratório de Biologia Molecular. “Estamos completando um ano da pandemia e permanecemos em alerta com o mesmo compromisso por parte de todos que trabalham nessa linha de frente e nas demais áreas da instituição”, comunica a biomédica e gestora do setor, Sandra Maria Cavalcante.

Análises e profissionais

O teste de RT-PCR, realizado no Lacen para diagnóstico da Covid-19, cumpre etapas como a preparação da amostra, para armazenamento em ultrafreezer a -80ºC. Após esse processo, é realizada a extração do RNA viral e, posteriormente, o RT-PCR em tempo real.

O biomédico Anderson Oliveira relatou que a preocupação dele e dos demais colegas, é com a realização dos testes. “Desde o início tivemos o cuidado de nos manter firmes, porque sabemos o quanto é importante esse diagnóstico para o paciente e os governos. Estamos emitindo laudos que orientam as condutas dos médicos”, disse.

O trabalho para as análises recebeu o reforço de 60 profissionais contratados através de PSS, a exemplo da biomédica Juliana Cardoso que enfatizou a importância do trabalho conjunto ao viabilizar o processamento de cerca de mais de mil amostras em um dia. “À medida que liberamos resultados, chegam novas amostras. São dias de muito esforço para atender toda a rede de saúde”, contou.