A vacina de Oxford, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, deve estar disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) por meio do PNI (Programa Nacional de Imunizações) em março de 2021, de acordo com informações divulgadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) durante a primeira oficina online sobre o imunizante realizada nesta quarta-feira (4).
Rosane Cuber, vice-diretora de Qualidade do Instituto Bio-Manguinhos, que produzirá a vacina no Brasil, afirmou que o processo regulatório foi agilizado graças à adoção da chamada "submissão contínua" pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que permite a análise dos dados de estudos com o imunizante por etapas, assim que eles são gerados.
Antes da pandemia, a análise só era realizada após a obtenção de todos os resultados e documentos técnicos.
"A gente divide as informações em pacotes. Em outubro foram entregues os estudos com animais. O segundo pacote será enviado agora em novembro, com todas as etapas produtivas feitas pela AstraZeneca, que serão compartilhadas com o mundo inteiro. Em dezembro, serão submetidos os primeiros resultados de segurança e eficácia [em humano] e em janeiro teremos a submissão formal de toda a documentação", explicou.
Ainda de acordo com ela, caso esse cronograma não sofra interferências, a expectativa é que a Anvisa aprove a vacina em fevereiro e em março de 2021 ela esteja disponível no PNI (Programa Nacional de Imunizações). Inicialmente, serão fornecidas 30 milhões de doses, que devem começar a ser produzidas em janeiro.
Fonte: R7