Entenda por que algumas doenças agravam a Covid-19
Termo bastante comum nos noticiários, nas falas de profissionais das diversas áreas da saúde e até da própria população, a comorbidade é considerada como um dos fatores de risco para pessoas com o novo coronavírus. De uma maneira mais simples, entende-se como comorbidades, quando há associação entre duas ou mais doenças, ao mesmo tempo, em um paciente. No caso da Covir-19, doenças preexistentes como diabetes, hipertensão arterial, obesidade, aids, asma e tuberculose estão entre as principais que podem afetar e agravar o estado de saúde de pacientes, levando à internação ou mesmo à UTI. São também considerados fatores de risco, a idade avançada, o tabagismo. a presença de imunodepressão como ocorre em pessoas em tratamento do câncer com quimioterapia ou que passaram por transplante de medula óssea. Alguns estudos estão mostrando que a obesidade pode ser um fator de risco para hospitalização por Covid-19 em pacientes com menos de 60 anos.
A descoberta da comorbidade junto com o diagnóstico da Covid-19
Em meio à pandemia da Covid-19 em que estamos vivendo, profissionais de saúde se deparam com mais um desafio: de descobrir e cuidar pacientes em estado grave que possuem comorbidades silenciosas, desconhecidas pelos pacientes ou ainda que não estavam sendo tratadas de maneira eficaz. Algumas pessoas descobrem que apresentam alguma comorbidade (diabetes, hipertensão arterial, HIV) no momento do diagnóstico da Covid-19. O maior risco está justamente aí. A evolução da doença costuma ser mais grave nas pessoas sem diagnóstico prévio.
É importante prevenção, tratamento e controle das morbidades
A combinação de diagnóstico precoce, acompanhamento médico e tratamento adequado para essas doenças consideradas comorbidades na Covid-19, é a maneira mais viável para controlá-las. Consultas de rotina e realização de exames periódicos (como por exemplo, a glicemia, nos casos de diabetes, exames de função renal, nos casos de nefropatas, aferição da pressão arterial, nos casos de hipertensos, carga viral e CD4 nas pessoas soropositivas), são extremamente importantes para que o paciente tenha conhecimentos e alternativas de tratamento. Quando tratadas corretamente, as doenças consideradas comorbidades ao novo coronavírus tem seus riscos reduzidos, como é o caso de pessoas com HIV com carga viral indetectável. Um paciente com uma doença preexistente que está controlada, por meio de tratamento, pode apresentar uma resposta melhor à covid-19.
A prevenção, até o momento, portanto, é a maneira mais viável para proteção de pessoas com comorbidades, tanto no tratamento das condições preexistentes quanto para a Covid-19. A vacinação, o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização constante das mãos e superfícies são as principais recomendações para prevenção. Pacientes em tratamentos de comorbidades devem ter atenção redobrada e continuar seguindo as orientações médicas.