Durante entrevista concedida na manhã desta quarta-feira, 5, ao Jornal da Rio FM 1ª Edição, apresentado por Marcos Aurélio, o prefeito Edvaldo Nogueira defendeu a pré-candidatura de Luiz Roberto (PDT) à Prefeitura de Aracaju como seu sucessor. Neste sentido, o gestor municipal destacou a importância da busca por um consenso no seu agrupamento político, para a indicação de um candidato único para o pleito deste ano. O intuito, segundo ele, é manter a integridade e força dos nomes que compõem o bloco que “tem trazido melhorias para Aracaju e Sergipe”.
“Ao longo desses quase oito anos de mandato, trabalhei reconstruindo essa cidade, interagindo com políticos e com as pessoas. Eu chego nas ruas e bairros e sinto o carinho da população. Agora, vamos trabalhar para que tenhamos um candidato que faça com que a cidade continue bem. A Prefeitura de Aracaju não pode ser entregue a qualquer um. O futuro prefeito precisa ter capacidade e compromisso com o desenvolvimento da cidade e a melhoria de vida das pessoas. E Luiz Roberto tem essas características. Luiz é a continuidade mas não o continuísmo. Ele vai fazer mais, melhor, vai ser o prefeito que vai trabalhar bem, através de toda sua capacidade”, salientou Edvaldo.
Ao longo da conversa com o jornalista, o prefeito lamentou a divisão existente no grupo, atualmente. No entanto, ele declarou que não deixa de nutrir esperança para a união em torno do nome de Luiz. “Lamento a divisão no nosso grupo, porque a nossa unidade que tornou nosso projeto vitorioso. Por meio dela, elegemos Jackson em 2014. Ele era governador, Déda tinha falecido, as pesquisas mostravam que ele estava atrás, mas nossa união nos levou a vitória. O mesmo fizemos com Belivaldo, em 2018. Comigo aconteceu em 2016 e em 2020. Em 2022 nos unimos, mais uma vez, para o Governo. Cheguei a colocar meu nome à disposição, mas mantive meu apoio a Fábio, que também alcançou vitória. Acredito e tenho esperança de que o nosso grupo encontrará o caminho da unidade, em apoio ao nome de Luiz Roberto. Acredito que PDT, PSD, MDB, Progressistas, PSB e Republicanos caminharão juntos. Trabalho por isso”, pontuou.
Edvaldo reafirmou ainda a aliança com o governador Fábio Mitidieri e reiterou o pedido de apoio das siglas aliadas ao pré-candidato do PDT. “Fabio é um aliado, amigo. Temos conversado muito e não tenho nenhuma dúvida de que ele estará junto da candidatura de Luiz Roberto. Mas queremos contar também com todo o PSD e os partidos que integram o nosso projeto. Não adianta cada um lançar um candidato no primeiro turno e nos unirmos apenas no segundo. Isso nunca deu certo. A campanha, quando todo mundo quer ganhar, é difícil. No segundo turno, para juntar tudo, é muito pior. Por isso, acredito que vamos encontrar um caminho de unidade”, destacou.
Situação e oposição
O prefeito também comentou, durante a entrevista, sobre a relação que mantém com outros políticos do agrupamento que anunciaram pré-candidatura ou demonstraram interesse em disputar as eleições deste ano. Ainda sobre esse assunto, Edvaldo falou a respeito de um convite feito a Danielle Garcia, para compor a chapa com Luiz Roberto.
“Mantenho uma ótima relação com outros amigos políticos que anunciaram interesse no pleito deste ano. Katarina foi minha vice, atuou e contribuiu muito com o desenvolvimento da nossa cidade. Fabiano é meu amigo há muito tempo, é da base na Câmara e sempre me apoiou e deu solidariedade. Danielle e Alessandro foram de oposição, mas no segundo turno de 2022 se incorporaram ao governo. Dani, esta semana deixou o cargo, mas ocupava um espaço no governo de Fábio. Conversei com ela duas vezes, mostrando a importância da nossa união, do nosso trabalho, de estarmos juntos. Mostrei que ela poderia ser uma candidata à vice de Luiz Roberto”, declarou.
Sobre a pré-candidatura de Emília Corrêa, Edvaldo foi firme ao afirmar que uma possível vitória da pré-candidata seria um retrocesso para a capital sergipana e explanou sobre a atuação política da vereadora e da participação dela em outras gestões da capital.
“Não tenho dúvida que uma possível vitória de Emília seria um retrocesso. A candidata só fala mal da Prefeitura diariamente, nunca apresentou uma proposta, um projeto para a cidade. Quem escuta ela e não vive em Aracaju, parece que vivemos em uma cidade de hecatombe. Ou seja, ela não vai dar continuidade às obras? Vai paralisar tudo e começar tudo de novo? Esse projeto não serve para os aracajuanos. Quando a cidade teve as maiores dificuldades, com greve de garis, atraso de salários, ela estava na linha de frente do apoio a essa realidade. Ou esqueceram? É isso que vai voltar para Aracaju? É isso que nós queremos?”, questionou.
Edvaldo respondeu também ao incitamento de Edvan Amorim, que desafiou o prefeito, durante uma entrevista na mesma emissora de rádio, para um debate. O chefe do executivo municipal frisou que tanto ele como Amorim não são candidatos para que entrem em debate. “Vou debater o quê? Com quem? Para que? Cada um expressa suas opiniões. Eu vou defender o meu projeto, de uma Prefeitura que não pode ser entregue a qualquer um, que precisa de prefeito com capacidade, competência e compromisso, não de projetos pessoais e políticos. Confio na capacidade e inteligência do aracajuano, que sabe definir o que é melhor para ele e é para isso que temos que trabalhar”, respondeu.