O candidato ao Governo de Sergipe, Rogério Carvalho (PT), participou, nesta segunda-feira, 05, de um debate promovido pelo Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco/SE), e apresentou algumas medidas que estão sendo pensadas para alavancar o desenvolvimento econômico do Estado.

Entre as ações defendidas pelo escolhido por Lula, está a readequação da funcionalidade da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para ter como principal função garantir o aumento da arrecadação sergipana.

“É preciso pensar fora da caixa. Por isso precisamos de uma secretaria de receita, de arrecadação. Quem tem que definir gastos de governo e controlar isso é o governador, com uma equipe baseada nos projetos e prioridades do Governo. Para isso, é preciso que exista papéis claros e definidos. Não é para trocar favores, mas agir pelo desenvolvimento econômico do Estado”, defendeu.

“É preciso ter foco e ações direcionadas”

No entendimento do futuro governador, o “Estado precisa ter um foco novo, que é o desenvolvimento econômico”. “Isso será fundamental para que a gente possa ter riqueza, aumento de arrecadação e condições de sustentar a sociedade e serviços públicos. Isso significa pensar em toda a economia do Estado”, disse.

“Temos preocupação com as diversas cadeias produtivas, porque o Governo é o gestor dessas cadeias e precisa saber quais são as principais geradoras de riquezas, identificar os gargalos, quais as agressões de valor às produções, como fomentar crédito, e quais mãos de obra que se necessita para que se der o máximo para geração de riqueza. Tudo isso, além da regulação entre os diversos setores da cadeia produtiva”, acrescentou.

Outras ações de fomento

Ainda durante o debate com o Sindifisco, Rogério Carvalho explanou sobre outras possibilidades de fomento econômico existentes em Sergipe. “Em nosso estado, a gente tem uma bacia leiteira, mas sem incentivo e autoridade gestora para organizar a cadeia produtiva. Quando a gente pega o leite, vemos que tem duas grandes fábricas, mas os pequenos laticínios foram fechados?”, questionou.

“Porque não foram criadas boas práticas para que se estimulasse, melhorasse o preço e manter a nossa tradição de grande fornecedor de queijo para todo o Nordeste”, comentou.

Além disso, o escolhido por Lula disse que a gestão atual podia ter “apresentado modelos que dessem conta dessa demanda e que fosse rentável”. “Isso aumentaria a quantidade de produtores, agregaremos valor e geraria riqueza”, discorreu.

“Na cadeia do coco, a gente produz mais lixo do que riqueza, porque extraímos somente a água e descartamos a casca. A fibra poderia se tornar tanta coisa e é descartada”, exemplificou.

Rogério Carvalho expôs, ainda, sobre a problemática ligada ao desinvestimento na carcinicultura e piscicultura. Fator que, segundo apontado por ele, tem causado prejuízos aos produtores. “Temos uma significativa produção de camarão, mas 80% é vendido in natura. Somos o 4º produtor em cativeiro e isso sai in natura. Não tem farinha de peixe, não tem ração”, detalhou.

“Precisamos, portanto, pensar na cadeira produtiva, porque isso se reflete nos lucros do produtor. Porque, ao processar, congela e pode encaminhar para qualquer mercado do país. A piscicultura não tem quase nada no estado, porque não há organização e não se processa aqui. Precisamos desenvolver uma agroindústria forte”, completou.

“A economia não cresce porque não há mudanças na forma de gerir”

Rogério Carvalho criticou, também, a forma que as finanças do Estado têm sido gerenciadas e apresentou algumas comprovações que baseiam seus posicionamentos.

“Se analisarmos uma grande mudança que tem sido feita, na migração da pecuária para a agricultura, vemos que não temos modelos de granjas e de fábricas, e não temos crédito. Porque o nosso banco não tem sido de fomento. Precisamos que o Banese cumpra essa função”, afirmou.

O futuro governador de Sergipe ainda ponderou sobre a inércia do Governo do Estado no momento que os sergipanos mais precisavam. “Na área de mineração, perdemos a Petrobras, fechamos o Tecarmo e paramos nossa produção. E o que fizemos? Nada”, disparou.

“Essa é uma cadeia que precisa ter uma autoridade gestora focada 24h por dia. Nós temos projetos focados nisso para que tenhamos a maior renda per capita, com distribuição de riqueza efetiva, melhorando o comércio, a empregabilidade etc. Queremos empresas que venham e fiquem aqui. Mas é preciso de estímulo do governo”, complementou.

Ações de infraestrutura

Uma das maneiras de ampliar o desenvolvimento do Estado, conforme detalhado no plano de Governo de Rogério Carvalho, envolve investimentos na infraestrutura rodoviária de Sergipe. “pensamos em infraestrutura, como a duplicação da BR-101 e a BR-235, além da duplicação da rodovia que liga Lagarto à BR-101, para criar um corredor de desenvolvimento do tráfego”, comentou.

Saneamento básico e ambiental

“Quando o Estado assume um protagonismo e responsabilidade, tudo melhora”, revelou Rogério Carvalho quando questionado sobre ações com foco em saneamento básico e conservação ambiental.

“Vamos assumir o máximo de protagonismo possível para que todas as iniciativas sejam sustentáveis, com foco no diálogo com uma sociedade moderna. A gente quer que o lugar que vivemos seja melhor no futuro, com condições ambientais melhores do que temos hoje, e preservação garantida em todos os biomas, com reflorestamento das matas ciliares em parceria com os produtores”, reforçou.

Para isso, o futuro governador reiterou a necessidade de “deixar nosso Estado ambientalmente melhor do que está hoje, com mais desenvolvimento e organização”. “Precisamos inovar no tratamento de esgoto, com tecnologias disponíveis e estamos focados em métodos caros. Precisamos estudar bastante sobre isso e nos modernizar”, informou.

Pensamentos alinhados com toda a coligação

Após discorrer sobre todas as ações estabelecidas em seu plano de Governo, Rogério Carvalho discorreu sobre o alinhamento de pensamentos e ideais dos nomes que compõem a coligação encabeçada por ele.

“Tenho um candidato a vice-governador, o Sérgio Gama (MDB), que, em nossas caminhadas, tem visto a realidade que temos pela frente e não entraremos no desafio de governar fazendo de conta”, proferiu.

“Temos um propósito bastante claro, que é trazer Sergipe ao patamar que já foi experimentado no passado. Vamos modernizar a relação do Estado com o cidadão e melhorar a interface do relacionamento com todos. Porque teremos um Estado que saiba conferir, de fato, a cidadania plena aos seus filhos”, garantiu.

Rogério Carvalho também pontuou sobre o seu desejo de governar um “Estado que possa servir ao cidadão”. “Nosso objetivo é olhar e agir por todos. Sem distinção. Temos o papel fundamental na indução do desenvolvimento econômico do Estado e não vamos perder a oportunidade de fazer de Sergipe aquilo que ele já é: proporcionalmente, o mais rico do Nordeste. Vamos fazer de Sergipe a maior renda per capita do Nordeste”, finalizou.

Fonte: Assessoria de Comunicação