O filme bielorrusso, candidato a Oscar de melhor filme estrangeiro em 2020, em seu início diz ser baseado em eventos reais, porém, não encontrei em uma busca rápida nenhum paralelo sobre essa história, o que não deixa ele menor nem menos interessante.

Histórias secundárias como desse filme em meio a 2ª guerra temos aos montes, a população tentando de todo jeito arrumar uma forma de sobreviver, e os meios de como muitos deles conseguiram isso torna-os ainda mais surpreendente.

Esse em específico trata de um belga judeu que no momento de ser executado diz não ser judeu, mas sim persa. Os soldados o levam a um general que estava em busca de um persa a fim de aprender sua língua, o Farsi, mas em todo momento o prisioneiro é questionado. Logo, para sobreviver, ele inventa uma espécie de dialeto dizendo ser o "farsi" e tem que sustentar sua mentira para não morrer.

O roteiro traz algumas inconsistências, em meio aos questionamentos se o prisioneiro era mesmo um persa e não um judeu, em nenhum momento se cogitou em olhar se ele era ou não circuncisado, característica básica de um judeu. Enfim, o filme é ótimo e tem um final muito legal.