Se fosse um filme dos anos 60, talvez fosse classificado com a alcunha de "subversivo", no entanto, eu o classificaria como um "drama sensual". O fato é que salta aos olhos as atuações de Joaquin Phoenix, Michael Caine, Kate Winslet e principalmente Geoffrey Rush, que está nada menos do que sensacional, além do figurino e cenários muito bem ambientado.

O longa é baseado nos últimos anos de escritor e poeta considerado pornográfico e um tanto libertino para época em que vivera, segunda metade do século XVIII, o Marquês de Sade, o qual lhe é atribuído à palavra "sadismo", que sugere um sofrimento físico para obtenção de prazer sexual, é exatamente a descrição do Marquês.

Sades passou um terço de sua vida preso em um manicômio, mas com a ajuda do padre diretor e de uma lavadeira continuou a escrever sua obra e cativando cada vez mais o público. Até que Napoleão Bonaparte manda um médico a fim de tentar curá-lo da sua suposta loucura. Existem relatos de que, mesmo lhes tirando sua pena e qualquer coisa da sua cela que ele pudesse usar para escrever, o marquês de Sades passou seus últimos dias solitário e escrevendo com sangue e com as próprias fezes. Filme belíssimo!