Bombeiros e cães do Serviço de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (SBRESC), do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe (CBMSE), retornaram este final de semana da atuação no desastre provocado pelas chuvas no município de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Foram 12 dias de atuação e o retorno aconteceu quando não havia mais vítimas a serem localizadas pela busca com cães.
“O Corpo de Bombeiros está orgulhoso dos senhores e tenho certeza que toda a sociedade sergipana também. A missão foi cumprida e os senhores representaram muito bem Sergipe nessa força tarefa para minimizar a dor das pessoas que perderam familiares nesse desastre de Petrópolis. Foi possível alcançar esse resultado por conta da união de forças das várias corporações com seus serviços especializados que fizeram toda a diferença na busca pelos desaparecidos”, afirmou o comandante-geral do CBMSE, que recebeu a equipe na manhã desta segunda-feira (07), no Quartel Central.
Foram enviados para o Rio de Janeiro quatro bombeiros e três cães. A equipe deixou a capital sergipana no dia 19 de fevereiro. A chegada foi na madrugada do dia 20 e no dia 21, após passar por avaliação médica, o grupo já começou a atuar nas buscas pelos desaparecidos. Depois de 12 dias de trabalho, a equipe saiu do Rio no dia 5 de março e chegou em Aracaju no dia 6.
“O cenário que nós encontramos foi de uma cidade devastada pela lama e de muito sofrimento. Foram 150 bombeiros atuando diariamente e cerca de 30 cães, de 15 Estados. Nós entrávamos com os cães que sinalizavam onde estavam as vítimas e depois outra equipe entrava para resgatar. Nossas equipes trabalharam todos os dias, a partir das 5 horas da manhã, em diversos horários, fazendo revezamento. Algumas vezes entrava pela madrugada”, afirmou o chefe do Sbresc, subtenente Elielson Silva.
O sargento Eduardo Costa falou sobre momentos marcantes durante as buscas com sua parceria Jolie. “As pessoas vinham nos pedir para encontrar seus familiares. Teve uma situação que a filha agachou e chorando agradeceu a Jolie por ter encontrado a mãe dela. Em outro momento, um homem veio agradecer porque ia poder enterrar a filha que foi encontrada. Era um trabalho pesado, mas que tinha essa motivação de ver que aquela espera, aquela angústia dos familiares chegava ao fim. A sensação é de dever cumprido”, contou.
Fonte: Ascom CBM/SE