Além disso, planejar finanças e traçar objetivos são cruciais para quem quer ter sucesso em investimentos
A cada dez famílias brasileiras, cerca de oito estão endividadas. É o que diz um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que revela a dificuldade da população em arcar e controlar gastos financeiros. Nesse grupo, há quem queira começar a investir, mas, diante da condição de inadimplência, está no escuro e não sabe que direção seguir, situação em que também se encontram muitos daqueles quites com as contas. Para o economista e consultor financeiro Gideon Ferreira, é necessário ter disciplina para colocar as dívidas em dia e construir uma reserva de emergência.
“No caso dos inadimplentes, que é uma parcela bastante considerável da nossa população, evidentemente o primeiro passo é quitar todas as pendências. A partir disso, é aconselhável que se inicie a formação de uma reserva de emergência, que pode ser em uma poupança bancária, por exemplo. O valor ideal dessa reserva é variável, mas o cálculo do montante é, em média, a soma de seis meses dos custos fixos mensais”, afirmou o executivo da Select Investimentos, em Aracaju, explicando que a reserva oferece segurança e maior tranquilidade em momentos de turbulência nas finanças pessoais e domésticas.
Com as dívidas em dia e uma boa reserva construída, é aplicado um teste de perfil de investidor, que analisa e identifica preferências e expectativas em relação aos investimentos. São três tipos de perfil: conservador, moderado e arrojado. Segundo Gideon, há opções para todos, e que é necessário conhecer o mercado para saber onde e como investir. “Há diversas possibilidades, e cada uma vai atender melhor um tipo específico de perfil. O mais importante é investir em produtos que estão mais vinculados ao seu, o que pode ser atingido mais facilmente com o auxílio e suporte de um assessor ou consultor financeiro”.
PLANEJAMENTO E OBJETIVO
Gideon Ferreira destacou, ainda, que o planejamento das finanças é um processo contínuo, ressaltando também que os investimentos devem estar inclusos. Além disso, para ele, investir demanda estabelecer objetivos, a fim de que o caminho até a meta final apresente menos dificuldades e se sofra menos com a falta de disciplina financeira. “Adote isto para a vida: planejar e organizar as finanças pessoais, domésticas e familiares é uma obrigação com nós mesmos, com o nosso dinheiro. E mais: não invista por investir; trace o que você quer e aonde quer chegar. Assim, o processo será menos difícil e terá mais significado”.