Conheça a história de cinco estudantes que não perderam a oportunidade, investiram em novas descobertas que podem influenciar o modo como são realizados os tratamentos e estão escrevendo seus nomes na área da ciência no Brasil e no exterior

O curso de biomedicina da Universidade Tiradentes tem lançado no mercado de trabalho nomes que vem fazendo história na ciência em diversas parte do mundo. A grade curricular apresenta um modelo de estágio que permite ao aluno obter duas habilitações.

“O primeiro estágio é obrigatório em análises clínicas. Já o segundo, também obrigatório, fica a cargo do aluno escolher à área que mais se identifica, como exemplos a biologia molecular, histotecnologia clínica, estética, banco sangue, imaginologia, entre outras áreas”, explica a professora Patrícia Almeida, coordenadora do curso de Biomedicina na unidade Sergipe.

A instituição mantém acordo de cooperação técnica com hospitais, clínicas e laboratórios com o objetivo de inserir os alunos nos respectivos locais, oferecendo suporte e garantia da profissionalização. Durante o estágio II, o aluno tem a oportunidade de aprender diversas competências e habilidades, além de demonstrar sua proatividade, inovação e criatividade, critérios fundamentais ao mercado de trabalho nos dias atuais e exigidos pelas empresas, desta forma, são retidos em sua maioria pelos locais onde realizam seus estágios”, afirma a docente.

Foi o que aconteceu com Ticiane Henriques Santa Rita. Biomédica por formação que lembra da oportunidade em poder realizar, via convênio firmado pela Unit, o estágio II para a segunda habilitação. Dentre tantas áreas que a biomedicina possibilita, ela escolheu biologia molecular. A partir dessa experiência conseguiu a primeira oportunidade de trabalho e, além disso, a realização de mestrado e doutorado na área de Ciências da Saúde em Brasília. Atualmente é  pesquisadora do Laboratório Sabin, integra o grupo de pesquisa e desenvolvimento do laboratório. “Nem tudo que realizo vira exame, mas tudo que realizo vira conhecimento para levar o melhor para os nossos pacientes”, conta.

Detentora de alguns prêmios na área da pesquisa, Ticiane revela que o mais marcante foi de jovem cientista conquistado no maior congresso de Análises Clínicas nos EUA, referente à implantação de sete exames voltados para a pesquisa de mutações genéticas numa plataforma automatizada na área de biologia molecular. Além disso, a egressa criou teste que permite diferenciar dengue, zika vírus e Chikungunya e, também, desenvolveu um exame molecular que diagnostica o coronavírus. “A Sabin Medicina Diagnóstica é uma empresa que valoriza a ciência e isso é motivo de orgulho.  Hoje posso me dedicar à pesquisa graças a base que a biomedicina me deu. Só tenho a agradecer a Unit e a todos os professores por fazerem parte dessa minha história”.

Além do segundo estágio, as monitorias, atividades acadêmicas, projetos de iniciação científica e intercâmbios oferecidos pela instituição tornam os currículos dos alunos diferenciados.

Egresso da turma de Biomedicina 2017/1. Lumar Lucena Alves, realizou intercâmbio na Austrália durante a graduação e participou de diversos projetos de pesquisa no Instituto de Tecnologia e Pesquisa- ITP, como aluno de iniciação científica. “Até hoje continuo colaborando e publicando junto aos pesquisadores do instituto. Se envolver com projetos de pesquisa é fundamental para o desenvolvimento do aluno, assim como para aqueles que buscam ser um profissional diferenciado”, disse.

Atualmente Lumar trabalha no Gerald Champion Regional Medical Center (GCRMC), um hospital de grande porte localizado no estado do Novo Mexico, nos EUA. Como biomédico do Medical Laboratory Technician é responsável pelo setor de microbiologia e realização dos testes confirmatórios para Covid-19 através da técnica de PCR. “Ao total já realizamos mais de 800 testes. O GCRMC é um hospital de referência no estado do Novo Mexico e atende pacientes de diversas cidades”, revela.

Atuando no Rio Grande do Sul (RS) está a egressa Adriely Rocha que trabalha no Banco de Sangue do Hospital Santa Casa de Pelotas. A Instituição oferece suporte de hemocomponentes para quatro hospitais da cidade, incluindo o Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas-UFPEL que é a referência em atendimento a covid-19. “Outra função que exerço dentro do hospital é como membro do comitê em pesquisa clínica. Nesse momento temos reuniões semanais para avaliar projetos envolvendo Covid”, revela.

Em Sergipe, a biomédica graduada pela Unit, Aline Marinho, assessora técnica do Lacen, coordena e é a responsável técnica do Laboratório Municipal de Nossa Senhora do Socorro. Integra o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus e se dedica diariamente a tirar dúvidas de diversos profissionais da saúde. “Atuo na realização do RT-PCR (PCR Real Time) que é o exame mais fidedigno para Detecção de Diagnóstico da COVID-19. Estou trabalhando muito, abdicando da companhia, mesmo que virtual, da família e dos amigos, mas totalmente ciente de que estou servindo à população do nosso país com todo meu conhecimento técnico e com todo o meu amor por essa profissão tão maravilhosa que é a biomedicina”, confessa.

Biomédico habilitado em histotecnologia clínica,  Jhimy William Silva dos Santos, realizou a segunda habilitação no laboratório Patologika,  referência em Aracaju (SE), graças ao acordo de cooperação existente entre a UNIT e a empresa. Com essa experiência foi exercer a profissão em São Paulo (SP).  Começou em um laboratório de pequeno porte, o PHD, onde teve oportunidade de crescer como macroscopista. Foi quando surgiu a oportunidade do processo seletivo para o Hospital Albert Einstein. “Passei pela seleção, concorri com profissionais que tinham 10,15 anos de experiência, e fui aprovado em primeiro lugar. Meu diferencial foi a carreira acadêmica, tudo que realizei durante a graduação em biomedicina. Fui monitor das disciplinas anatomia patológica e histotecnologia clínica, participei de projetos de extensão, pesquisa, fui fundador e presidente da Liga de Patologia, além de ter escrito diversos trabalhos acadêmicos para apresentação em eventos científicos, inclusive internacionais”, relata.

Apesar de não ter experiência se comparada aos concorrentes, para Jhimy, à época graduado há um ano, a percepção dos avaliadores esteve concentrada no currículo acadêmico. “Além das minhas atividades na academia, a minha trajetória esteve marcada pela proatividade, inovação e criatividade, que são características que as grandes empresas, a exemplo do Hospital Albert Einstein, buscam em seus funcionários. Participei do projeto Hack4Health que buscava inovações na área de segurança do paciente. Esse evento ocorreu na UNIT e minha equipe foi a vencedora do projeto. Os professores Décio Fragata, Patrícia Almeida, Isana Carla e Márcio André, são alguns exemplos de professores que me incentivaram e auxiliaram durante a graduação. Aconselho a todos os alunos do curso que façam o mesmo e não percam as oportunidades que a Unit oferece”, sugere.

Ascom/Unit