O primeiro semestre de 2021 apresentou o menor número de homicídios em comparação com o período que compreendeu os meses de janeiro a junho de 2009. Os dados são da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), da SSP. Ainda conforme o apurado pelo órgão, quando o comparativo é feito entre os meses, junho deste ano apresentou a menor incidência de homicídios desde setembro de 2010. O resultado positivo, que representa, além de números, a preservação de vidas, é fruto do trabalho integrado entre as polícias Civil e Militar, junto à Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp).
No comparativo com 2016, o ano com maior taxa de homicídios na série histórica, a redução é de 51,4%, representando, ao menos, 320 vidas preservadas no comparativo entre os dois anos. Em 2016, ocorreram 622 homicídios. Segundo o levantamento feito pela CEACrim, enquanto que nos seis primeiros meses de 2010 ocorreram 335 homicídios em Sergipe, no primeiro semestre de 2021 aconteceram 302. No mesmo período de 2009, foram registrados 290 casos. Os números consolidam a retração na incidência desse tipo de crime, demonstrando que o período de janeiro a junho deste ano tem a menor incidência de homicídios desde o ano de 2009.
Ainda conforme os dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal, mensalmente, o estado apresentou o menor número de homicídios desde setembro de 2010. O mês de junho de 2021 encerrou com o registro de 41 homicídios. Ao passo que setembro de 2010 terminou com a contabilização de 38 crimes. Em recorte semestral, num intervalo de pouco mais de uma década, entre 2021 e 2010, Sergipe apresentou uma retração de 9,9% nos homicídios.
Os dados da CEACrim também apresentaram os recortes Aracaju, Região Metropolitana e Interior do estado. Na capital, o primeiro semestre de 2021 - com 85 casos - teve o menor número de homicídios desde o mesmo período de 2011 - com 78 ocorrências. Nas demais cidades da Região Metropolitana (Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros), os seis primeiros meses de 2021 - com 71 casos - tiveram o menor número de homicídios desde 2011 - com 65 casos.
No interior sergipano, ainda conforme o levantamento feito pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal, da SSP, o primeiro semestre de 2021 registrou a menor incidência de homicídios desde o mesmo período de 2009. Enquanto que nos seis primeiros meses de 2009 aconteceram 146 casos de homicídio, no primeiro semestre de 2021 foram contabilizados 144 ocorrências.
O comandante da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, atribuiu a queda nos homicídios ao trabalho integrado entre as forças de segurança pública de Sergipe. “É importante frisarmos dois aspectos. Primeiro, a gestão implementada pelo secretário João Eloy, que integra as forças de segurança, todos alinhados no objetivo de combater a criminalidade. O segundo aspecto é a continuidade que o Governo do Estado permitiu a essa gestão. Isso é fundamental pois o trabalho contínuo tem surtido efeitos, semestre a semestre. O investimento em inteligência policial e melhores condições de trabalho também faz com que tenhamos números extremamente satisfatórios”, enfatizou.
O coronel Marcony Cabral também destacou a atuação dos servidores das instituições vinculadas à SSP na missão de preservação de vidas em todo o estado. “Graças ao trabalho integrado desses homens e mulheres abnegados da segurança pública nós temos um cenário favorável que demonstra que estamos no caminho certo e que a segurança pública em Sergipe continuará dando orgulho aos sergipanos. O trabalho integrado é fundamental. Neste trabalho, está a troca rápida de informações e as ações conjuntas. A criminalidade muda, migra e precisamos acompanhar essa mudança e muitas vezes precisamos nos antecipar”, reiterou.
A coordenadora das delegacias da capital, delegada Rosana Freitas, ressaltou a integração entre as forças de segurança pública como fator fundamental para a queda nos números de homicídios em Sergipe. “Esses números são resultado de um trabalho conjunto entre as forças de segurança, temos um envolvimento maciço não só da Polícia Civil, mas também da Polícia Militar, da Perícia e do Corpo de Bombeiros. Essa é uma pauta sempre exigida pelo secretário para que haja esse envolvimento, pois segurança pública não se faz só. Os números refletem esse trabalho conjunto e os esforços e investimentos que têm sido feitos nas áreas humana e em recursos materiais”, afirmou.
Rosana Freitas salientou que a integração entre a segurança pública também se estende às unidades policiais, que atuam em conjunto nas investigações e operações visando o combate a criminalidade e a consequente preservação de vidas em todo o estado. “Também temos focado em um trabalho de integração entre capital e interior. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) juntamente com as unidades especializadas de homicídios nas delegacias de interior, assim como as de combate ao tráfico de drogas, tem atuado em conjunto. O combate ao tráfico de drogas tem sido intenso e vem refletindo na diminuição, anualmente e subsequente, desses números”, concluiu.
O coordenador geral de perícias, Nestor Barros, detalhou que a Cogerp atua junto às ações das polícias para fornecer provas materiais e atestar a autoria do crime, contribuindo com a elucidação dos homicídios. “ A Cogerp combate o crime com boas perícias e laudos substanciais que subsidiam as investigações. Nossa participação no combate à criminalidade, na redução de homicídios, em conjunto com as polícias Civil e Militar, é a de oferecer boas perícias e laudos substanciais que identifiquem os autores dos crimes. A perícia tem mostrado bons trabalhos que resultaram nas prisões dos criminosos. Nós utilizamos os vestígios para realizar os mais diversos exames para chegar a autoria do crime”, ratificou.
Fonte: assessoria