O embaixador da Irlanda no Brasil, Séan Hoy, aceitou o convite feito pelo governador Fábio Mitidieri para conhecer Sergipe e a produção de renda irlandesa no município de Divina Pastora, durante os festejos juninos deste ano. O encontro aconteceu na sede da Embaixada, em Brasília (DF), na terça-feira, 18, como parte de uma iniciativa do Governo do Estado de aproximação comercial e cultural com a nação europeia, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A comitiva sergipana que visitou a Embaixada fez uma apresentação sobre importância para Sergipe da cultura da renda irlandesa – reconhecida como patrimônio imaterial do Estado -, além das potencialidades de intercâmbio com o país. “Convidamos o embaixador e sua equipe a conhecer esse trabalho artesanal único desenvolvido pelas bordadeiras sergipanas. A ideia é promover, conjuntamente, estudos, exposições, cursos, feiras e até exportação do produto produzido em Divina Pastora”, explicou o governador Fábio Mitidieri.
Participaram do encontro o senador Laércio Oliveira; a prefeita de Divina Pastora, Clara Rollemberg; e a deputada federal Yandra Moura – ambas vestindo peças com pontos de renda irlandesa –; o deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa de Sergipe, Cristiano Cavalcante; e os secretários de Estado da Casa Civil, Jorginho Araujo; do Trabalho, Jorge Teles; e de Representação de Sergipe em Brasília, Luciano Filho; entre outros integrantes do Governo de Sergipe e da Embaixada da Irlanda.
Também participou da reunião a diretora do Departamento de Artesanato e Microempreendedor Individual da Secretaria da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte e do Empreendedorismo do MDIC, Raíssa Rossiter. “A Pasta tem apoiado a realização desta agenda, como um meio do Governo de Sergipe estimular a geração de emprego e renda”, comentou o secretário Jorge Teles.
História
Reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a produção da renda irlandesa – artesanato sem similar no mundo produzido em Divina Pastora, município do leste sergipano, distante 39 km de Aracaju – se constitui numa importante atividade geradora de renda e de identidade cultural para mais de 300 mulheres da região.
Estima-se que a história da renda irlandesa teve início por volta do século XV, na Europa. Com origem motivada por artesãs medievais, quando descobriram a renda de agulha. Foi na Itália que surgiu, além de outras rendas, a irlandesa, que, apesar de ser assim chamada, foi repassada pelas missionárias da Itália às missionárias da Irlanda, que, posteriormente, chegaram ao Brasil e difundiram a técnica em Divina Pastora e região.