O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), tem acompanhado de perto todo o andamento do Sergipe Águas Profundas (Seap), mantendo contato com a Petrobras, operadora do projeto. Ao tomar conhecimento sobre a possibilidade de que o Seap poderia ser postergado para 2031, gestores da Sedetec contataram a estatal para solicitar esclarecimentos, sendo, em pouco tempo, respondidos por meio de nota divulgada pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em que assegura que não há qualquer solicitação por parte da estatal em postergar a entrada em operação do projeto. Mas, assegura o gestor, a companhia empenha todos os esforços necessários para a execução dos projetos que trarão maior oferta de gás nacional ao mercado.

“Nosso papel é acompanhar e ficarmos atentos a todas as etapas e informações que são divulgadas sobre o Seap, e estamos fazendo isso. Vamos informar à população sergipana todas as atualizações referentes ao projeto, visto que é uma ação de extrema importância para Sergipe”, informa o secretário de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Valmor Barbosa.

No mês de outubro, o governador Fábio Mitidieri e os gestores da Sedetec estiveram reunidos, durante a Offshore Technology Conference (OTC), no Rio de Janeiro, com a Petrobras e as empresas indianas envolvidas no projeto: IBV Brasil Petróleo Limitada e a ONGC Videsh, quando foi dialogado sobre o andamento do projeto Sergipe Águas Profundas e os potenciais investimentos que podem ocorrer no estado com sua execução.

Sergipe Águas Profundas

O projeto Sergipe Águas Profundas terá dois módulos, cada um com uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência (FPSO). A primeira unidade tem capacidade de produzir 120 mil barris de petróleo por dia e 10 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Já a segunda unidade terá capacidade 120 mil barris de petróleo por dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Além disso, o Seap contará com um gasoduto de escoamento com 128 km de extensão, sendo 100 km no mar e 28 km em terra.

O planejamento para o início da produção do Seap era, originalmente, para 2026, contudo, após o cancelamento da primeira licitação, a previsão é de que tenha início apenas em 2028. As plataformas atenderão aos campos de Budião, Budião Noroeste, Budião Sudeste, Palombeta, Cavala, Agulhinha e Agulhinha Oeste.