Dentre os serviços executados pelo Instituto de Identificação Papiloscopista Wendel da Silva Gonzaga (IIWGS), estão o plantão de atendimento criminal e de identificação de cadáveres. Os serviços funcionam 24h e contam com equipes compostas por papiloscopistas, sendo fundamentais para a atividade da segurança pública em Sergipe. O contato para esses serviços é feito exclusivamente por unidades de saúde e policiais. 

Esses procedimentos são fundamentais para garantir a segurança do processo de identificação, conforme evidenciou o diretor do IIWGS, Jenilson Gomes. “Inclusive até para evitar alguma injustiça, como por exemplo em casos de pessoas presas que tentam utilizar dados de identificação de uma terceira pessoa. Para que essas pessoas não tenham seus dados utilizados, os papiloscopistas atuam nessa identificação criminal”, ressaltou.

Também no âmbito da identificação criminal, Jenilson Gomes contextualizou o trabalho dos papiloscopistas relembrando um caso recente registrado pelo IIWGS. “Foi o de uma mulher    que não apresentou uma qualificação completa, sendo preciso o trabalho de investigação dos nossos papiloscopistas. Graças ao trabalho papiloscópico, foi possível identificá-la”, rememorou o diretor do Instituto de Identificação.

Além desse caso, o IIWGS também já registrou situações como a de um homem que, ao ser preso, se apresentou à polícia com os dados do irmão gêmeo. “O irmão inocente, que estava respondendo a processos de forma injusta. Com o trabalho dos nossos papiloscopistas, foi possível a real identificação. Assim, ele passou a responder, e o irmão foi livrado do fichamento criminal”, contou Jenilson Gomes.

Casos como esses são recorrentes, mas são identificados justamente pelo olhar técnico dos papiloscopistas do IIWGS, assim como relatou o diretor do Instituto de Identificação. “São pessoas que tentam enganar a segurança pública apresentando outros nomes e dados, mas com esse trabalho incansável dos papiloscopistas, o preso tem a identidade verdadeira revelada antes da audiência de custódia”, salientou.

Procedimento de identificação criminal

Para a identificação criminal, os papiloscopistas iniciam os trabalhos com consultas aos bancos de dados disponíveis ao IIWGS, conforme explicou o papiloscopista Pedro Henrique. “Existe um nome suspeito que vai ser investigado, e nós buscamos por equivalência nos bancos de dados. Caso seja encontrada essa equivalência, a gente faz a solicitação da ficha com as impressões digitais para aquele nome”, descreveu.

Caso as informações não sejam encontradas nos bancos de dados do IIWGS, os papiloscopistas solicitam informações a outros institutos de identificação. “E, caso esteja disponível no momento, fazemos a inserção das impressões digitais em um sistema nacional, que aponta possíveis pessoas vinculadas àqueles dados. O papiloscopista então verifica aquelas informações”, complementou Pedro Henrique.

Esses bancos de dados utilizados nos procedimentos de identificação criminal contém informações biográficas - como nome, sobrenome e filiação - e informações biométricas - de impressões digitais, assim como detalhou Pedro Henrique. “Essas informações são verificadas constantemente pelos papiloscopistas para que haja uma real identificação”, acrescentou o papiloscopista.

Identificação de cadáveres

Já no caso da identificação de cadáveres, a atuação também é feita pelos papiloscopistas do IIWGS, assim como detalhou Jenilson Gomes. “A identificação de cadáveres de mortes violentas, no Instituto Médico Legal (IML), ou de morte natural, no Serviço de Verificação de Óbito (SVO), garante que a família se despeça de seu ente querido sem a possibilidade que seja o corpo de outra pessoa”, explicou.