Raras são as vezes em que o escriba que vos fala remete seus artigos a momentos pretéritos de sua vida, mas como diz uma pensadora de internet: “Recordar um bom passado, é ser feliz duas vezes”, e concordo plenamente.
Apesar da introdução parecer uma volta ao passado, é justamente o contrário, trata-se de conjunturas vindouras. De 1991 a 2000, portanto, dez turmas da minha vida escolar passei atrás dos muros do colégio “Arquidiocesano S’ C’ de Jesus”, localizado no bairro São José, em Aracaju, e era exatamente assim que escrevia nos cabeçalhos de cada atividade do meu longínquo primário (não me perguntem o porquê), hoje ensino fundamental maior, nomenclatura essa que não consigo me acostumar.
Pois bem, apelidado por seus milhares de alunos que por lá passaram apenas de “Arqui”, vivi basicamente tudo marcante em minha vida, de coisas boas a coisas péssimas, assaltos, brigas, conquistas no esporte, aprovações com louvou e arrastado, reprovação (na disciplina em que hoje sou professor), acidentes, fiz dezenas de amigos e até casei com colega de sala. Mas vamos ao que interessa...
Adquirido recentemente pelo grupo Master, cujo proprietário é ex-aluno e ex-professor, dos melhores que tive, o colégio Arquidiocesano, hoje “Nação Arqui”, e não mais localizado no local originário, tem passado por transformações significativas, tanto no modelo educacional, quanto na parte estruturante, porém, mantendo a história que, mesmo não sendo o que conheci, ainda nutre em mim um sentimento forte de agradecimento.
Tenho frequentado alguns eventos promovidos pela nova administração da escola, sempre saio impressionado a cada visita, muito me lembra as matérias de educação que estudava na universidade sobre o modelo das “escolas parque”, idealizada pelo pai do ensino público do Brasil, o educador baiano, Anísio Teixeira, que quando fora secretário de educação da Bahia promoveu uma revolução com a criação de escolas com estruturas inimagináveis para a época, a fim de que pudesse implantar seu novo método de ensino, denominado de “escola nova”, é assim que vejo o colégio Arqui hoje em dia, INOVADOR.
O modelo criado por Anísio Teixeira não vingou, pois esbarrava no alto custo por aluno e, claro, dependia de administração pública, diferentemente do que acontece com o Arqui que vem crescendo a cada dia. Com toda certeza, se não é uma escola modelo de Anísio Teixeira, apesar de algumas similaridades, é o modelo de escola que eu desejaria para qualquer aluno e arrisco a dizer que, a “Nação Arqui” se tornará umas das maiores e melhores escolas do Norte/Nordeste.
(Gabriel Gomes - 10/10/2022)