Na noite do último domingo, 1º, véspera do feriado, sem fundada suspeita, o advogado Antônio Correia Matos, foi abordado em seu veículo, por guarnição da Polícia Militar, quando trafegava pela Rua Lagarto, Centro de Aracaju, de forma abusiva.
O veículo estava sendo conduzido pelo seu filho, Raimundo Felix Correia Matos, estudante de Direito, que apresentou os documentos de habilitação e do carro, no entanto, o sargento Rabêlo, que comandava a guarnição, mandou que todos que estavam no veículo descessem do automóvel e fossem ali revistados, numa ostensiva e vexatória busca pessoal e no veículo.
O advogado Antônio Correia questionou o porquê daquela abordagem e se identificou como advogado, tendo sido retrucado, com desdém e ofensas, pelo sargento que a polícia estava apenas fazendo o seu trabalho e que ele obedecesse as ordens. “Obedecemos todos os comandos policiais, mas o sargento não apresentou motivação para a tal busca pessoal e no veículo, todos os nossos documentos estavam em dia. Fomos obrigados a ir para a calçada, ficamos de costas, com as mãos na cabeça e sofremos o tal baculejo por dez minutos. Sou advogado há 27 anos e nunca passei por um vexame como esse. Tenho grande respeito pela corporação da polícia militar, mas a abordagem foi injustificada, extremamente abusiva e constrangedora”, disse Correia.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe foi acionada pelo advogado por meio do presidente Inácio Krauss, do secretário-geral Aurélio Belém, e do presidente Comissão de Prerrogativas, Joaby Ferreira.
Hoje pela manhã, o presidente Inácio Krauss, o secretário-geral Aurélio Belém e o conselheiro Joaby receberam o advogado Antônio Correia, na presidência da entidade, e, após registro do fato, foram encaminhados ofícios para o Comandante Geral da Polícia Militar, para a Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Estadual e ao Secretário de Segurança Pública do Estado, exigindo rigorosa apuração dos fatos e a consequente punição dos responsáveis, de forma exemplar, na forma da lei.
Fonte: OAB