“Não poderia ter um presente maior do que ser reconhecido como cidadão sergipano”, diz Ricardo Cavalcanti.
O reconhecimento de uma carreira consolidada e de importantes serviços prestados à sociedade sergipana. O pesquisador do Instituto de Tecnologia e Pesquisa – ITP, Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior receberá o Título de Cidadão Sergipano, por iniciativa do deputado estadual Luciano Pimentel. O Projeto de Resolução nº 41/2021, que concede o reconhecimento, foi aprovado no último dia 13, pelos parlamentares sergipanos.
Nascido em Natal (RN), o doutor Ricardo Cavalcanti, que reside há 21 anos na capital sergipana, veio à Aracaju a convite da Universidade Tiradentes. “Foi durante o doutorado que conheci um grupo de sergipanos que estava fazendo o mestrado interinstitucional. Nesse grupo estava o professor José Carlos Pereira, renomado cirurgião bucomaxilofacial e coordenador do Curso de Odontologia da Unit. À época, precisavam de um docente para assumir a disciplina de Patologia Oral”, comenta. O pesquisador, então, recebeu uma excelente proposta de trabalho e aceitou se mudar para Aracaju.
“Tive exatos sete dias entre a chegada da proposta de contrato de trabalho e o momento de me apresentar para assumir a cadeira de professor da Unit. Nesse período, pedi demissão de dois empregos, conversei com familiares e me preparei para a nova vida. Desci no aeroporto de Aracaju, primeira vez no estado de Sergipe, na primeira semana de agosto de 2000, com uma grande e indelével certeza no coração que aquela cidade seria meu lar a partir daquela data”, lembra.
Além de pesquisador do ITP, Ricardo Cavalcanti é professor titular de Patologia Oral e Maxilofacial do curso de Odontologia e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente (Mestrado/Doutorado), ambos da Universidade Tiradentes, e professor permanente do Programa de Pós-Graduação da Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO).
“Além da boa proposta, a Unit tinha uma estrutura que, para mim, foi um diferencial importante pois sabia que poderia desenvolver um bom trabalho. Durante todo esse tempo, trabalhei dando, literalmente, o melhor de mim. Senti em Aracaju e no estado de Sergipe, um novo lar desde o dia que eu cheguei aqui pela primeira vez”, enfatiza.
O reconhecimento de toda sua trajetória, com o Título de Cidadania Sergipana, chega para abrilhantar ainda mais a carreira, além de ser uma homenagem pelo importante trabalho que desempenha em sua área.
“Eu me sinto muito gratificado por ser, oficialmente, considerado um cidadão sergipano já que adotei esse local como meu lar, lugar de vida. Foi aqui que eu fiz uma nova família, amigos sólidos e onde tive um crescimento exponencial de minha carreira. Sergipe me forneceu oportunidades que precisava para me encontrar no patamar que estou dentro da minha carreira”, assegura Ricardo.
“Para mim, é uma realização pessoal e profissional. É uma honra ser oficializado com esse título porque me sinto sergipano desde o primeiro dia que cheguei aqui. Me identifiquei com a cultura, com o lugar, com as belezas do Estado, com a culinária, com as pessoas. Então, não poderia ter um presente maior do que ser reconhecido como cidadão sergipano”, completa.
Como docente, Ricardo Cavalcanti formou todas as turmas de odontologia e de outros cursos como Biomedicina, Farmácia e Fisioterapia da Universidade Tiradentes e algumas da Universidade Federal de Sergipe. Além disso, enquanto pesquisador, participou da captação e aporte, no Estado, de recursos financeiros para atividades de pesquisa, ciência e tecnologia. Publicou 188 artigos científicos, mais de 80% deles em periódicos ou jornais científicos internacionais. Como formador de recursos humanos, o docente foi orientador de 53 trabalhos de iniciação científica, 28 trabalhos de conclusão de curso, 38 dissertações de mestrado e 20 teses de doutorado.
Trajetória
Odontólogo, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Ricardo Cavalcanti deu seus primeiros passos na profissão ao lado de sua mãe.
“Dentista e odontopediatra por devoção, minha mãe foi a grande inspiração para a minha carreira e despertou em mim os primeiros sentimentos pela profissão que um dia também tomaria para mim. Após minha formatura, fui, a princípio, trabalhar em clínica privada ao lado da minha mãe. Por seis anos atuei como clínico geral, trabalhando especialmente na área de reabilitação oral estética, mas a bem da verdade, era a vida acadêmica que me encantava”, salienta doutor Ricardo.
Durante a graduação, houve o despertar do interesse para a patologia oral e maxilofacial. “Tamanha foi minha identificação com a disciplina, os conteúdos e professores que não tive dúvida, nem por um momento, que naquela área residiria todo meu futuro profissional”. O pesquisador é mestre e doutor em Patologia Oral também pela UFRN.
“Assumi a patologia oral e maxilofacial como a especialidade da odontologia que exerceria até o fim de minha carreira, e assim o fiz, tendo sempre a qualidade e a busca pela excelência, sempre alicerçadas na ética, como meus grandes elementos norteadores”, destaca.
Ricardo também desempenhou atividades de segunda grande paixão que era docência em nível superior. “Em Natal, fui professor substituto de Imunologia, na UFRN, e professor de Patologia Oral e Maxilofacial, Patologia Geral e Imunologia em uma universidade privada. Fiz grandes amigos, acumulei experiências importantes, lapidei uma estratégia de trabalho que me acompanharia por toda a vida”, conta.
Carreira acadêmica
O ingresso na carreira acadêmica veio ainda na graduação por meio da Iniciação Científica. “Grandes professores de patologia oral seriam, para mim, os grandes baluartes que nortearam minhas escolhas, influenciaram posturas e consolidaram valores, e, em especial, à professora Dra. Lélia Batista de Souza”, frisa.
“A docente foi a minha orientadora em todas as instâncias acadêmicas, aquela que me presenteou com a primeira bolsa de iniciação científica, que me apresentou o universo da pesquisa científica, e que me mostrou a importância da atuação do professor e pesquisador como agente de transformação e como fonte de inspiração”, garante.
Por dois anos, Ricardo participou como bolsista de atividades de iniciação científica, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC, CNPq e exerceu, por seis meses, a função de monitor da disciplina de patologia oral.
Fonte: Assessoria de Imprensa |ITP