Ato realizado na manhã desta segunda-feira (17) objetivou cobrar do secretário João Eloy os encaminhamentos das propostas enviadas pelas entidades sindicais, a exemplo do pagamento do adicional de periculosidade e reposição inflacionária
Policiais e bombeiros militares participaram, na manhã desta segunda-feira (17), de nova mobilização pela aprovação de projetos em benefício da categoria, a exemplo do pagamento do adicional de periculosidade e reposição inflacionária. O ato coletivo ocorreu em frente à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), localizada no bairro São José, em Aracaju.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), Adriano Bandeira, tratou-se de um novo ato simbólico com intuito de cobrar mais empenho do secretário de Segurança Pública, acerca dos projetos em benefício desses profissionais, entregues em 2021.
"O protesto de hoje tem a intenção de cobrar do secretário João Eloy uma maior atuação na defesa pela valorização e dignidade de seus subordinados. Há mais de um ano entregamos nesta Casa o projeto que trata sobre o pagamento do adicional de periculosidade. No decorrer de 2021, também enviamos projetos que tratam da reestruturação da carreira do policial civil, e até agora não tivemos nenhuma resposta sobre essas reivindicações. Pelo contrário, ganhamos do Governo do Estado, além das perdas inflacionárias de quase 10 anos, recebemos de presente do governador Belivaldo Chagas o corte, sem explicação, do pagamento das horas extras", pontuou Adriano Bandeira.
Enquanto discursavam, o presidente do Sinpol Sergipe e o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol), Isaque Cangussu, foram abordados por uma oficial de Justiça, para notificação acerca de decisão judicial em face do Governo do Estado, que proíbe a suspensão das mobilizações realizadas pelo Movimento, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 em desfavor dos dois réus na ação.
"Essa é mais uma prova da tirania desse governo antidemocrático, que quer calar as vozes dos milhares de profissionais revoltados com a forma como estão sendo pisoteados, massacrados, por essa política de desvalorização, mas que participam conosco nos atos de forma pacífica e ordeira. Mas isso não vai nos intimidar. Vamos cumprir sim o que está previsto na determinação judicial, mas quero deixar claro para todos os policiais e bombeiros de Sergipe, que a Operação Padrão continua sim, e agora mais firme", destacou Adriano Bandeira.
Na oportunidade, o presidente da Adepol se pronunciou acerca da decisão da Liminar, mandando um recado para o chefe do Executivo estadual: "Governador, um homem direito não tem medo de Justiça. Vamos assinar esse documento com muita honra, mas saiba que a luta não está restrita a paralisações. Temos uma série de medidas presentes na cartilha da Operação Padrão que serão cumpridas em sua totalidade. E saiba que, vamos obedecer as decisões judiciais quando entendermos que elas devem ser respeitadas; assim como também vamos recorrer sempre que entendermos que a Justiça está excedendo".
Durante o ato, representantes das nove entidades sindicais que integram o Movimento Polícia Unida, entre elas o Sinpol Sergipe, tentaram dialogar com o secretário de Segurança Pública, mas nenhum representante da Pasta se manifestou.
Ao final, os participantes fizeram uma oração em frente à SSP/SE, em homenagem à memória de todos os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares que tiveram as suas vidas ceifadas durante o exercício da profissão ou por negligência do Estado.
Operação Padrão
Os atos ocorridos na manhã de hoje fazem parte da "Operação Padrão", ação deliberada em assembleias por parte dos policiais civis, policiais militares e bombeiros militares, na última terça-feira (11). Trata-se de uma iniciativa que incentiva os profissionais da Segurança Pública a seguirem uma cartilha com objetivo de cobrar do Governo do Estado, o pagamento do adicional de periculosidade, reposição inflacionária e reestruturação de carreira. Entre os pontos, estão: conduzir viaturas que atendam a todos os requisitos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e que tenham condições ideais de tráfego; não realizar patrulhamento, diligência ou atendimento de ocorrência com menos de três policiais na viatura; entre outros.
Fonte: Sinpol