O retorno das aulas presenciais, previstas para este mês de julho na rede particular e em agosto na rede pública de ensino, vem gerando uma grande expectativa por parte dos representantes de um movimento de pais de alunos. A decisão foi tomada no dia 1° de julho após reunião do Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais, do Governo do Estado. Para o co-idealizador do Movimento dos Pais de Sergipe pela Educação, Gustavo Tirado Rodrigues, a volta às aulas presenciais é uma grande conquista. 

“A retomada às aulas presenciais representa uma grande conquista não só para nós que a defendemos esse movimento, mas também para toda sociedade sergipana. Quem mais pagou pelo controle da pandemia foi essa geração de estudantes. Aspectos físicos, mentais e de aprendizado foram claramente afetados. Nenhum outro setor foi tão prejudicado, especialmente em Sergipe", comenta Gustavo.

Segundo ele, em geral, as escolas foram sempre a primeira atividade a ser interrompida e, mais uma vez a última a retornar, em conjunto com atividades ditas como não essenciais. "Entendemos a importância do controle da pandemia, assim como defendemos que seja feito um retorno responsável dentro de protocolos já implantados e testados”, enfatiza, Gustava Tirado Rodrigues.

Levando em consideração a importância da socialização e desenvolvimento que a interação da sala de aula traz para os alunos, o co-idealizador do movimento diz que sempre houve um trabalho e várias tentativas para o retorno das aulas. Durante esse período, foi formado um grupo, com um movimento apartidário, desenvolvido inicialmente por pais que compartilham das mesmas percepções, pensam, planejam e divulgam por meio do instagram: @paisdesegipepelaeducacao, propostas para o retorno imediato das aulas, para todos os níveis de ensino, assim como informações científicas que sejam de interesse da comunidade.  

Gustavo detalha como foi realizado e desenvolvido o trabalho, unindo forças com pessoas que acreditavam e buscavam o mesmo objetivo, o retorno das aulas presenciais. “Buscamos o apoio de educadores, médicos e instituições como o Lide e a Fenen, que prontamente externaram seu apoio. Criamos um selo para as escolas que declaravam o apoio ao movimento e batalhavam pelo retorno. Colocamos uma petição on-line ao governo do estado requerendo o retorno às aulas presenciais facultativas. Tudo isso, de certa forma, culminou no resultado obtido neste 1º de julho”, destaca o co- idealizador do movimento. 

Serviço essencial

Ele ressalta ainda que o trabalho não acabou e novas atividades estão sendo planejadas. O grupo Pais de Sergipe Pela Educação luta para que a educação seja considerada um serviço essencial e continue com o seu normal funcionamento. “O grupo permanece vigilante e atuante. Não sabemos prever o futuro desta pandemia. Se novas cepas irão promover novas ondas, mesmo sob o avanço da vacinação. É fato que, se isso acontecer, a educação não pode voltar a pagar pelo controle da pandemia", alerta.

Gustavo informa que o movimento tem buscado parlamentares em busca de apoio para a elaboração de uma lei que coloque a educação como serviço essencial.  "Estamos em contato com parlamentares na assembleia legislativa de Sergipe. Entendemos que as aulas presenciais não podem ser interrompidas. Só assim teremos a segurança de que um retrocesso não volte a acontecer”, conclui, Gustavo Tirado Rodrigues.