Depois de um mês de intensa mobilização em torno  da temática da prevenção do suicídio e preservação da vida, focos da Campanha Setembro Amarelo, as atividades saíram do ambiente virtual, condição necessária diante do cenário de pandemia, e ganharam as ruas da cidade de Aracaju (SE).

O  domingo, 27, foi marcado por uma  carreata que seguiu os protocolos de biossegurança, por conta dos riscos de disseminação do coronavírus. Todos os participantes foram orientados a permanecerem dentro dos seus veículos, assim como o uso de máscara foi obrigatório como determina um decreto estadual.

Campanha de prevenção ao suicídio e em favor a vida, é um movimento nacional, coordenado em Sergipe pela Associação Sergipana de Psiquiatria – ASP. O ponto de partida foi na avenida Simeão Sobral, zona norte da capital e seguiu pelas principais vias até o estacionamento da Cinelância, na Atalaia, cartão postal da cidade. Com a hashtag “Eu ouço você”,   profissionais e acadêmicos da área de saúde, instituições e empresas promoveram buzinaço e acenaram para um tema que ainda é tabu para muitas pessoas.

“O GT de Saúde Mental do CRP 19 se soma a ASP e demais parceiros para alertar e conscientizar a nossa sociedade  em prol da valorização da vida. Nossos comportamentos e ações são influenciados por nossa saúde mental. A carreata vem respaldar que as pessoas não estão sozinhas em suas dores psiquícas”,  disse a  psicóloga Luciene Aparecida Ribeiro (CRP19-0745), coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde Mental da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia (CRP19).

Para o Conselheiro Secretário André Mandarino, presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF/CRP19), apesar das implicações e do isolamento imposto pela pandemia,  a mobilização ganhou mais espaço nas redes sociais. “As lives se multiplicaram e isso manteve acesa a chama do movimento que cresceu ainda mais. Diferente de anos anteriores, quando realizamos ações presenciais,  dessa vez nós entramos nas casas das pessoas para falar sobre a importância da vida”.

Mandarino reforça ainda que o mês de setembro é uma referência de uma campanha que deve perdurar o ano inteiro. “Setembro  é apenas um marco. É quando nos dedicamos a ampliar esse debate, mas é importante lembrar que essa é uma temática que deve ser  discutida, em todos ambientes, durante todo o ano”, finaliza.

Fonte:  Amália Roeder/Assessoria de Comunicação | CRP19