Aproximadamente 3,3 toneladas de drogas apreendidas é o saldo das operações deflagradas pelas Polícias Militar e Civil na capital, no interior e em ações realizadas em outros estados do país durante este ano. Dentre as ações policiais realizadas em 2020, estão as que retiraram das ruas mais de 300 kg de maconha do tipo “skunk”, no mês de setembro, em uma ação conjunta de várias unidades da Segurança Pública. O trabalho da polícia também resultou na desarticulação de grupos criminosos, como um dos principais responsáveis pela distribuição do entorpecente, que é avaliado em R$ 15 mil cada quilograma. 

Na capital e na Grande Aracaju, neste ano, o Comando do Policiamento Militar da Capital (CPMC) retirou 1,889 toneladas de drogas de circulação das ruas das dez cidades nas quais a unidade é responsável pelo policiamento militar. Em comparação com o ano passado, quando esse número foi de 341 kg, houve um aumento de mais de 450% nas apreensões de entorpecentes feitas pela unidade. 

Já o Departamento de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil, realizou procedimentos em que houve a apreensão de mais de 1,4 toneladas de entorpecentes. Diversas operações também foram realizadas por unidades como o Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), que, só em uma ação, apreendeu mais de 300 quilos de maconha. 

O comandante do CPMC, coronel José Moura Neto, detalhou que as medidas sanitárias de combate ao coronavírus também impactaram nas rotas de distribuição de drogas. “Na dinâmica nacional, verificamos que, com o fechamento dos portos e aeroportos, ficaram muitas drogas retidas no país e que vieram para os estados. Então, consequentemente com mais drogas e mais operações policiais durante a pandemia, tivemos esse recorde de apreensões de entorpecentes”, citou.

O delegado Osvaldo Resende, diretor do Denarc, ressaltou que as ações policiais foram mantidas e as operações intensificadas, sendo primordiais para os números de apreensões de drogas registrados em 2020. “Estamos atuando diariamente no combate ao tráfico de drogas. A demanda contínua e agimos de forma rigorosa. Estamos combatendo a criminalidade desde o pequeno tráfico até organizações criminosas”, mencionou.

Denúncias da população

A população também pode contribuir com a localização de suspeitos de tráfico de drogas e, consequentemente, na apreensão de entorpecentes. A retirada do material ilícito de circulação das ruas influencia diretamente na melhoria da segurança pública de toda a sociedade. A Polícia Militar dispõe do telefone 190, do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). Já a Polícia Civil, conta com o número 181, do Disque-Denúncia.

O coronel José Moura Neto ressaltou que a contribuição da população também foi primordial para o saldo positivo de apreensões de entorpecentes na capital e no interior do estado. “As apreensões refletem não só as operações, mas também a ajuda da população com informações precisas. As denúncias da população são muito importantes, pois direcionam nosso trabalho, tanto na investigação, quanto no policiamento ostensivo e extraordinário. Então, com as denúncias, nós buscamos mais informações, e consequentemente, temos prisões e apreensões muito mais robustas”, reiterou.

Incineração de drogas

A destruição do material ilícito apreendido é uma das ações policiais que fazem parte do combate à criminalidade no estado. As incinerações  de entorpecentes, como a que ocorreu no último dia 6 de outubro, em Camaçari (BA), na qual foi destruída 1,3 tonelada de drogas, ocorre com a autorização da Justiça, com o aparato técnico policial, e com o acompanhamento dos órgãos responsáveis pela preservação do meio ambiente. 

O diretor do Denarc explicou que, antes da incineração, o material é periciado para a confirmação do tipo da substância que foi apreendido. “A droga, uma vez apreendida, é encaminhada à perícia. Dentro dos parâmetros legais, a Justiça autoriza a destruição. Esse entorpecente é retirado de circulação e destruído, com o acompanhamento dos órgãos de vigilância sanitária e ambientais, para garantir que não haverá prejuízo ao meio ambiente”, pontuou.

Fonte: SSP/SE