Diante do contexto atual de mensagens contendo ameaças de ataques a escolas em todo o Brasil, as autoridades de segurança pública e os especialistas em educação têm feito alertas importantes que contribuem para a rápida intervenção, elucidação dos casos e identificação dos autores desses conteúdos que causam pânico em alunos, professores e pais e responsáveis. Uma dessas recomendações é que materiais contendo mensagens de ameaças em escolas não sejam compartilhados, mas sim comunicados à polícia.

Em Sergipe, as investigações de conteúdos envolvendo mensagens contendo anúncios de ataques a escolas são conduzidas pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil. No estado, conforme a instituição de segurança pública, a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), vinculada ao Depatri, já identificou vários suspeitos de realizarem postagens falsas com ameaças nas redes sociais. Eles foram conduzidos à delegacia e vão responder a procedimento criminal.

O diretor do Depatri, delegado André Baronto, ressaltou que as forças de segurança pública de Sergipe estão atuando de forma integrada e monitorando todos as mensagens de ameaças que estão sendo propagadas. “Algumas pessoas já foram identificadas e conduzidas às unidades policiais, onde foram instaurados procedimentos que serão encaminhados ao Ministério Público”, informou.

Conforme o delegado, é primordial que as mensagens contendo ameaças não sejam compartilhadas, já que o objetivo da maioria dos autores é causar pânico. “A população não deve propagar e compartilhar qualquer informação dessa natureza. Percebendo que se trata de um fato importante, deve se dirigir aos meios oficiais, por exemplo o Disque-Denúncia (181), ou os pais e responsáveis podem procurar a direção da escola para repassar a situação para que seja feito o boletim de ocorrência e acionado o protocolo”, orientou.

Até o momento, de acordo com o delegado André Baronto, nenhum dos casos registrados em Sergipe se tratavam de ameaças reais. “Os autores identificados são menores, e o procedimento será instaurado na delegacia para que sejam responsabilizados pelo ato. Os pais e responsáveis também serão cientificados. O perfil da rede identificado normalmente é de crianças e adolescentes”, acrescentou.

O comandante do Policiamento Militar da Capital, coronel George Melo, informou que a Polícia Militar compõe o Grupo de Trabalho da SSP para monitorar as ameaças nas redes sociais e que a instituição tem intensificado o policiamento na região de escolas. “Traçamos linhas de ações e comportamentos diante dessas denúncias que vêm surgindo. A Polícia Militar atua de forma preventiva com o policiamento periférico em todos os locais próximos de escolas e sempre que for demandada”, citou. 

Grupo de Trabalho

Em Sergipe, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) instituiu um Grupo de Trabalho composto pelas polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal de Aracaju. O objetivo é monitorar 24 horas por dia eventuais anúncios de ataques às escolas feitos através de redes sociais. O grupo também abrangerá as guardas municipais do interior sergipano. 

Uma das ações das autoridades da segurança pública é o contato direto com as Secretarias Estadual e Municipais de Educação com o intuito de ampliar a rede de monitoramento. O Grupo de Trabalho, em Sergipe, é coordenado pelo delegado André Baronto, diretor do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), e conta com o auxílio da Divisão de Inteligência (Dipol).