A Cerâmica Capri LTDA deu início às vendas de sua produção, na última quinta-feira (20),  tornando-se oficialmente a mais nova empresa do ramo ceramista no mercado sergipano. A indústria, que assina a marca Ravello Pisos e Revestimentos, localiza-se no Distrito Industrial de Nossa Senhora do Socorro e assume o parque fabril anteriormente ocupado pela Cerâmica Sergipe. Com duas linhas de produção, a empresa gera atualmente 90 empregos diretos e 250 indiretos, revitalizando uma planta paralisada desde maio de 2018. O projeto conta com incentivos fiscais do Governo de Sergipe, por meio do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI).

A retomada foi possível graças a um investimento inicial de R$ 5 milhões, viabilizando a produção de 500 mil m² por mês em revestimentos esmaltados. A direção da empresa planeja realizar novos investimentos em expansão no período de dois anos, com a finalização de uma nova linha que deverá triplicar a produção atual. O total investido deve chegar a R$ 20 milhões. Além da aquisição e modernização de equipamentos, a geração de empregos faz parte do horizonte da planta.

A unidade ocupa um espaço de 225 mil m², com 50 mil m² de área construída, fruto de um processo de arrendamento industrial. Atualmente, a fábrica produz 16 modelos de revestimentos cerâmicos esmaltados. No primeiro momento, a produção deverá abastecer todo o mercado nordestino, com perspectiva de ampliação da distribuição.

“A retomada tem o impacto de fortalecer Sergipe como um grande produtor de revestimentos cerâmicos, trazendo recursos para o estado. É uma planta simbólica, que reafirma a vocação do estado no ramo ceramista. O Governo de Sergipe está visualizando isso, reforçando sua linha de apoio ao desenvolvimento industrial do estado”, afirma o diretor-presidente da Capri, Hiro Hayasi. O gestor reforça, ainda, o suporte do Governo em relação ao suprimento de gás natural via Sergas. Desde o início de outubro, a distribuidora vem fornecendo a média de 20 mil m³/dia de gás à fábrica.

Oportunidade

Dias após o acendimento dos fornos, os trabalhadores que atuam na linha de produção da Capri comemoram a retomada do parque fabril. É o caso da inspetora de qualidade Márcia Regina Bonfim Campos, 44, que fez parte da equipe da antiga fábrica. “Passei cinco anos na fábrica anterior e, agora, estou retornando com a Ravello. Nesse intervalo fiquei em casa. Sinto-me realizada e agradecida de voltar ao mercado de trabalho, ajudando a empresa e a equipe. O sentimento é de gratidão, por mim e pelos outros que estão retornando”, afirma.

Para o supervisor de produção João Victor Costa, 46, a nova fábrica representa a abertura de oportunidades para o estado. “Sempre fui do ramo ceramista e recebi agora o convite para participar dessa nova planta. Muitas oportunidades foram geradas para a comunidade. Está sendo muito bom para o município e para os pais de família que estavam desempregados ter essa porta aberta na Cerâmica Ravello”, ressalta.

As oportunidades não se resumem à população de Socorro e região. De acordo com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, José Augusto Carvalho, a nova planta demonstra potencial de projeção para além dos limites de Sergipe. “A Capri inicia suas atividades tendo como base os pontos fortes que Sergipe oferece, que são a disponibilidade de matéria prima, o gás como matriz energética e a proximidade a centros consumidores de grande porte. É um projeto que tem tudo para crescer e trazer orgulho para os sergipanos”, finaliza.