Foguetes atingiram três locais do Iraque neste sábado (4), inclusive uma base que abriga forças norte-americanas e uma área próxima à embaixada dos EUA, sem causar mortes.

Os incidentes ocorreram no mesmo dia em que milhares de pessoas foram às ruas em Bagdá para participar do funeral do general Qassem Soleimani, um dos homens mais poderosos do Irã, morto pelos EUA no Iraque na quinta-feira (2).

Não há confirmação oficial de quem fez os disparos neste sábado. Em nota, as Forças Armadas do Iraque informaram que foguetes atingiram os seguintes locais:

  • Zona Verde, em Bagdá. É uma área fortificada que abriga a embaixada dos EUA e outras representações diplomáticas na capital iraquiana. Segundo a agência Reuters, o foguete caiu perto da embaixada norte-americana.
  • O bairro de Jadryia, vizinho à Zona Verde. Segundo a agência Reuters, a explosão atingiu uma casa e deixou 5 pessoas feridas.
  • A base aérea de Balad, a 80 km de Bagdá, que pertence ao Iraque mas abriga forças norte-americanas.

A milícia Hezbollah, pró-Irã, emitiu um alerta neste sábado às forças de segurança iraquianas para que fiquem a pelo menos mil metros de distância das bases americanas. A informação é da rede de televisão Al-Mayadeen.

Antes dos foguetes que explodiram em Bagdá neste sábado, os outros desdobramentos mais importantes da morte do general Soleimani, foram:

O funeral de Soleiman terá duração de 4 dias e passará por 4 cidades. Neste sábado, saiu de Kadhimiya, um distrito xiita de Bagdá, e deverá chegar ao Irã. No domingo (5) parte para a cidade sagrada de Mashhad.

Na segunda-feira (6) o cortejo seguirá para Teerã e, na terça-feira (7), chegará a Kerman, cidade natal do general, onde será enterrado o corpo.

A importância do general assassinado

Qassem Soleimani tinha 62 anos e era um alto líder das forças militares iranianas. Ele foi o general da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária, um braço paramilitar de elite que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país há 30 anos.

Soleimani era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país, e foi muito próximo ao líder supremo Khamenei.

O ataque que matou Soleimani foi feito por mísseis lançados por drone. Os EUA o acusam de diversos atos de terror.

G1