Clique no link e assista o video:

https://www.instagram.com/reel/CyN4zEBu0Cf/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==

O brasileiro Ranani Glazer, 24 anos, foi encontrado morto, segundo informações da sua tia na noite desta segunda-feira (9). Ele estava desaparecido desde sábado, quando participava da rave Universo Paralello, que acontecia no deserto de Negev, perto de Re-im, no sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza e foi invadida por homens armados no sábado. A morte dele ainda não havia sido confirmada pelo Itamaraty.

“O Exército de Israel foi até a casa do meu irmão, pai do Ranani, que também mora em Israel. É tudo o que sabemos. Não temos informações de como e onde (o corpo foi encontrado)”, informou a tia.

Ranani Glazer era brasileiro-israelense, natural do Rio Grande do Sul e morava em Israel há sete anos, onde prestou serviço militar. Nos últimos dias, o jovem fez uma série de publicações em suas redes sociais de eventos em Tel Aviv, capital de Israel. Em postagens recentes nos stories compartilhou vídeos da rave da qual participava, marcando Gaza na localização.

O último vídeo

Ele chegou a gravar um vídeo diretamente de um bunker, onde se abrigou logo após o ataque começar: "Foi cena de filme", disse, afirmando que precisou correr quilômetros para achar um lugar seguro para se esconder.

“No meio da rave a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker agora, seguro”, disse.

Os sobreviventes

Glazer namorava a brasileira Rafaela Treistman, que também estava no evento no momento dos ataques e sobreviveu. Ela conta em um vídeo que o casal e um amigo, Rafael Zimerman, se esconderam dos terroristas usando corpos das vítimas. No momento em que as autoridades israelenses chegaram ao bunker, no entanto, Glazer havia desaparecido. Zimerman foi resgatado junto com ela, foi hospitalizado e teve alta no último domingo.

“O bunker em que nos escondemos foi metralhado por integrantes do Hamas e depois jogaram gás para todo mundo morrer asfixiado, e foi quando comecei a pedir a Deus para sobreviver. Eu me senti em Auschwitz. Eu só me senti seguro quando cheguei no hospital”, contou Rafael.

Pelo menos 260 corpos foram encontrados no local onde acontecia o festival Universo Paralello, organizado pelo pai do Dj Alok, o também DJ Juarez Petrillo. Dezenas de pessoas que foram à rave ainda estão desaparecidas, informou a organização de resgate israelense Zaka no último domingo.

Entre os desaparecidos há duas brasileiras que estavam na rave, de acordo com informações do Itamaraty: Bruna Valeanu, de 24 anos, e Karla Stelzer Mendes, de 41 anos.

Petrillo lamentou o ataque em uma postagem no Instagram na tarde de domingo. "Estamos consternados, chocados e assustados com tudo que aconteceu e deixamos explicitamente a nossa revolta e nossos sentimentos às vítimas desse ataque perverso", escreveu no perfil da Universo Paralello, organizadora do evento.

Com informações do Globo

Crédito: Reprodução/Instagram