No início do mês de junho, a deputada estadual Carminha Paiva (Republicanos) iniciou mais uma campanha em favor das mulheres. Desta vez, o “Respeite as minas” vem para alertar sobre o aumento no número de casos de importunação e assédio sexual cometido contra as mulheres no período dos festejos juninos. Esta é a segunda vez no ano que a campanha é potencializada nas redes sociais da deputada. Em fevereiro, o “Respeite as minas” foi abordado com a temática voltada para casos de assédio e importunação sexual ocorridos no carnaval.

O “Respeite as minas” relembra a necessidade de combater a importunação sexual, sobretudo os casos de assédio sofrido pelas mulheres no transporte coletivo e nas festas. Apesar de ser um período em que a alegria deveria ser o mais forte dos sentimentos, infelizmente para algumas mulheres, os festejos juninos se transformam em trauma, constrangimento e medo. 

“Este é um dos temas que mais procuro trabalhar nas minhas redes sociais porque o número de violação dos direitos das mulheres é absurdamente alto e esse número, infelizmente, cresce especialmente no período de festas. O mês de junho é um exemplo disso. Como a tradição dos festejos juninos é forte no nordeste, os municípios acabam por realizar grandes festas para valorizar a nossa cultura, mas é nesse período que os assediadores aproveitam para agir e acabam por invadir a intimidade da vítima”, disse Carminha. 

A presença de grandes aglomerações e o abuso no consumo de bebidas alcoólicas são fatores determinantes para que esses tipos de crimes venham acontecer. Acima de tudo, como explica a parlamentar, o “Respeite as minas” enfatiza a necessidade da cultura do respeito e a autonomia da mulher. “É triste que em pelo século XXI tenhamos que pedir por respeito. Nós, mulheres, não conseguimos ter tranquilidade em lugar nenhum, temos que praticamente implorar para que o nosso corpo seja respeitado. A sociedade precisa entender que quando dissemos NÃO é NÃO. Seja no São João ou em todos os dias do ano, NÃO é NÃO”, disse. 

Além de ferir a dignidade da mulher, assédio e importunação sexual são crimes contra a liberdade sexual, que criminaliza situações como contato físico sem consentimento em locais como transportes coletivo e festas. “Muitos homens, principalmente, cometem esse tipo de crime na certeza que não dará em nada, mas isso mudou, agora nós temos leis que asseguram nós mulheres. Esse tipo de violência não pode ser naturalizada, precisamos interromper esses ciclos. Todo o trabalho educacional que estamos realizando também é uma forma de cuidar das nossas próximas gerações”, concluiu a deputada.

Ana Guimarães, assessora parlamentar