A deputada Linda Brasil (PSOL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) nesta quarta-feira (19) e repercutiu  uma reportagem veiculada na TV Sergipe que retratava a espera de pessoas Transtorno do Espectro Autista (TEA) por tratamento. Na ocasião, a parlamentar relatou que a espera pode chegar a cerca de 300 dias.

A parlamentar enfatizou que, de acordo com a matéria da TV Sergipe 1300 aguardam receber os tratamentos multidisciplinares adequados, como os de fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e nutrição.

“Por causa da demora, o Ministério Público de Sergipe instaurou um procedimento administrativo e oficiou as secretarias de estado e municipal da Saúde para que crianças com autismo tenham acesso aos tratamentos no prazo máximo de até 90 dias. É muito triste que vejamos tanto no âmbito público quanto no âmbito privado estas famílias enfrentando dificuldades para acessar o seu direito humano básico a saúde.  E esta realidade infelizmente se reflete para a família das crianças autistas não só na questão da saúde, mas também com falta de acesso a serviços de educação e em outros espaços sociais”, ressaltou a deputada Linda Brasil.

Para Linda Brasil, Uma forma da Secretaria ter mais êxito seria fazer concurso público para estes cargos com boa remuneração. “Se não fizer isso vai ficar “enxugando gelo”. Os editais, segundo muitos profissionais não são atrativos e pagam menos que o mercado. É preciso se pensar em políticas públicas efetivas. Isso serve para vários problemas envolvendo a saúde em nosso estado e municípios”, disse.

Ao final do pronunciamento, a deputada Linda Brasil pediu que o secretário de Estado da Saúde Valter Pinheiro faça explicações na Comissão de Saúde, Higiene  e Previdência Social da Alese.

Resposta

Em resposta, o líder do Governo na Alese o deputado Cristiano Cavalcante informou que. “A Secretaria de Estado da Saúde (SES) continua com credenciamento médico e Processo Seletivo Simplificado abertos para a contratação de terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e médico neuropediatra para atender às demandas, mas há pouca adesão dos profissionais”, disse. 

 Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese