A proposta de firmar Parceria Público Privada com a Deso foi tema de seminário proposto pelo deputado Paulo Júnior nesta sexta, 24. A ideia foi discutir se PPP é a melhor proposta para modernizar a Companhia que atende 74 municípios, 1,6 milhão de pessoas. Com o tema “Águas de Sergipe e PPP: solução ou problema”, o evento reuniu profissionais, dirigentes de sindicatos, representantes da Deso e de universidades.

O assessor de Planejamento e Gestão Empresarial da Deso, Rodrigo Fernando Meneses, falou sobre a importância do debate antes mesmo do projeto de lei chegar à Assembleia, já que demanda estudos detalhados. O doutor em Geografia e membro titular do Comitê da bacia hidrográfica do Rio Sergipe, Luiz Carlos Sousa Silva também foi um dos palestrantes.
 “A PPP é um dos modelos possíveis para modernização da Deso. Acreditamos que a Companhia deve continuar administrando o serviço de saneamento. O que é necessário são fontes de recursos para investimentos. Estamos desde 2016 sem recurso federal”.

Na opinião do deputado Paulo Júnior, o debate é importante para que a população entenda o que é PPP e como cobrar prestação de serviço de qualidade. “A Deso é uma companhia superavitária e ainda assim temos um volume enorme de reclamações. É fato que é preciso abrir as contas e os problemas para analisarmos e buscarmos soluções conjuntas”, disse.
Os deputados estaduais Georgeo Passos e Marcos Oliveira acompanharam o seminário. O itabaianense Marcos defende a viabilidade de investimentos por meio da Companhia.

“É um seminário multidisciplinar, com a presença de promotores, sindicatos, de pessoas que vivem a realidade da própria Deso. Vimos diversos pronunciamentos técnicos, inclusive falando da viabilidade da própria Deso, do lucro que ela tem dado ao próprio estado de Sergipe, dos riscos que podem ocorrer  com a  PPP somente na distribuição. Foi passado um gráfico de aumento de 50% em todos os lugares que fizeram PPP.  Então, precisamos rever e cobrar uma gestão mais eficiente da Deso”.

Já o presidente do Sindisan, Silvio Sá, discorda da PPP e defende mais investimentos para a Deso. Atualmente, a Companhia possui cerca de 1500 servidores efetivos.

"A Deso é uma empresa que tem autonomia de gestão e de investimentos. São R $70 milhões arrecadados, com folha salarial de menos de R $20 milhões, temos capacidade econômica e financeira de fazer investimentos", informou.