O senador Laércio Oliveira integra a comitiva brasileira na 111ª sessão da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que está acontecendo em Genebra, na Suíça. Participam também da comitiva o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, os presidentes da CNT, Vander Costa e da CNC José Roberto Tadros, entre outros representantes. Durante a cúpula estão sendo realizadas palestras e painéis de discussão reunindo chefes de Estado e governo, o diretor-geral da OIT e representantes de alto nível das Nações Unidas, outras organizações internacionais e organizações de empregadores e trabalhadores.
 
O senador se reuniu com o embaixador Tovar da Silva Nunes, representante permanente do Brasil junto à ONU (Organização das Nações Unidas) e também esteve com toda a delegação para tratar do panorama geral dos andamentos dos trabalhos das comissões do ponto de vista dos empregadores, dos trabalhadores e do governo.

De acordo com o senador Laércio, a  conferência, realizada totalmente de forma presencial pela primeira vez desde 2019, tem por objetivo debater diversas questões relativas com o mundo do trabalho, “especialmente uma transição justa para as economias sustentáveis e inclusivas, as aprendizagens de qualidade, a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras, e ainda há discussões  sobre as desigualdades salariais entre o Brasil e os países do primeiro mundo”, disse.

 Estão senado debatidas a proposta de convenção e recomendação relativa à revisão parcial de 15 instrumentos internacionais do trabalho. A medida ocorre após a inclusão de ambiente de trabalho seguro e saudável no quadro dos princípios e direitos fundamentais no trabalho da OIT. Além disso, a Comissão para a Aplicação das Normas da organização também a conquista da igualdade entre mulheres e homens no trabalho.

O diretor geral da OIT, Gilbert F Houngbo, enfatizou a necessidade de lançar uma coalizão global com o objetivo de “equilibrar as considerações ambientais, econômicas e sociais na conversa global, inclusive na reforma da arquitetura financeira internacional” e “defender a coerência das políticas e o investimento em proteção social e trabalho decente”.

 “A quarta revolução industrial que promete uma transformação radical dos métodos de produção, as convulsões demográficas e a necessidade imperiosa de descarbonizar a economia são oportunidades para um futuro melhor para todos nós”, disse o diretor-geral. “Mas, ao mesmo tempo, 4 bilhões de nossos concidadãos não têm proteção social e 214 milhões de trabalhadores ganham menos do que a linha da pobreza. Um grande número de micro e pequenas empresas geradoras de empregos faliu. E como podemos explicar o fato de as mulheres ganharem em média 20% menos que seus colegas do sexo masculino?”, acrescentou.