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A capital sergipana se mostra resiliente no que se refere ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2024, divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) no último dia 6 de fevereiro, aponta que a cidade está em médio risco para surtos ou epidemias. Apesar disso, a Prefeitura de Aracaju alerta a população a manter os devidos cuidados para evitar a proliferação do vetor, pois 75% dos criadouros do mosquito são encontrados dentro das residências, o que torna fundamental a participação da sociedade no enfrentamento ao Aedes aegypti.
De acordo com os dados do mais recente LIRAa, os principais criadouros do mosquito são os depósitos de armazenamento de água ao nível do solo, como lavanderias e tonéis, os quais representam 54,4% dos locais com foco. Em segundo lugar estão os depósitos domiciliares, vasos e pratos de plantas, com um índice de 39,8%. Lixo, entulho e resíduos sólidos em quintais representam 5,8% do total dos criadouros.
Para manter o controle do vetor e a infestação do mosquito, a Prefeitura de Aracaju desenvolve diversas ações de maneira contínua em toda a cidade. Diariamente, os agentes de endemias estão nas ruas fazendo visitas domiciliares, um trabalho que visa tanto identificar e eliminar criadouros do mosquito, quanto orientar a população acerca da necessidade de manter-se vigilante e adotar os devidos cuidados preventivos.
Aos finais de semana, essa ação de combate ao Aedes aegypti é intensificada com a realização de mutirões nos bairros previamente identificados com níveis mais elevados de infestação do vetor. Durante esse trabalho, se somam às equipes da Secretaria da Saúde os agentes de limpeza da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que reforçam a limpeza das áreas públicas e de terrenos baldios de modo a eliminar possíveis focos do mosquito.
Secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza destaca ainda a importância da colaboração da população no combate ao Aedes aegypti para que a cidade mantenha o controle da infestação do mosquito. “Nós não temos a condição de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, e é justamente por isso que precisamos da colaboração da sociedade. Sabemos que 75% dos criadores estão dentro das residências, então é extremamente importante que a população tenha essa consciência de que cada um, dentro da sua casa, possa fazer a sua fiscalização, seja no ambiente de trabalho ou na sua residência. É olhar se tem algum espaço em que a água fique parada e exposta à desova desse mosquito”, orienta a gestora.
Ações de combate
Atenta à proliferação do mosquito em todo o país, a Prefeitura de Aracaju apresentou à sociedade, este mês, o Plano de Intensificação de Controle do Aedes aegypti. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde de Aracaju, Taise Cavalcante, esse plano é voltado à prevenção e ao controle de processos epidêmicos de modo a evitar a ocorrência de óbitos e complicações pelas doenças transmitidas pelo mosquito.
Taise explica que o plano é dividido em quatro níveis, sendo o primeiro, o nível normal da doença, no qual se faz todo o cuidado nos locais e se prepara as equipes para o atendimento dos pacientes. O nível 2, detalha a diretora, é acionado quando se passa mais de três semanas consecutivas com aumento de casos e aparecimento de óbitos. Neste momento, a Secretaria Municipal de Saúde intensifica as ações.
O nível 3 entra em vigência quando os casos continuam aumentando semanalmente, e verifica-se também uma elevação no número de óbitos. Nesta situação, segundo Taíse Cavalcante, o plano prevê oito Unidades de Saúde da Família (USFs) exclusivas para o atendimento desses pacientes, bem como o aumento de alas no Hospital Zona Norte para reforçar o suporte às unidades hospitalares.
Já o nível 4 é acionado quando os casos ultrapassam o limite esperado para os últimos dez anos. Nesse contexto, segundo o plano, a gestão municipal intensifica ainda mais as ações e abrem-se mais duas unidades de saúde nos finais de semana e feriados para também darem suporte às unidades hospitalares no atendimento exclusivo a esses pacientes.
“E para evitar que a situação chegue num estado grave, o apoio da população é fundamental. Nós sabemos que isso é um problema da sociedade. A gente sabe que tem clima envolvido no meio, tem condição de limpeza, então a gente precisa cuidar realmente para eliminar os focos”, alerta a diretora.